Vídeo: Idoso foi atacado por puma após atiçar o cachorro contra o felino; vítima dá detalhes do que aconteceu

Incidentes envolvendo animais silvestres despertam tanto curiosidade quanto preocupação, especialmente quando ocorrem em áreas próximas a centros habitados. No município de Maquiné, que está localizado no Litoral Norte do estado do Rio Grande do Sul, um episódio recente reacendeu discussões sobre a convivência entre humanos e a fauna nativa.
No último domingo, um idoso de 79 anos foi ferido em circunstâncias que agora apontam para um possível ataque de um puma, também conhecido como onça-parda, animal típico da região.
Na terça-feira, técnicos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estiveram no local e confirmaram que os arranhões encontrados no braço da vítima são compatíveis com investidas de um felino dessa espécie.
A maior parte dos ferimentos, no entanto, foi provocada pela fuga do idoso por uma trilha coberta de vegetação densa. O homem teria se aproximado da mata após perceber que parte de seu rebanho havia se dispersado.
Acompanhado de um cachorro, acabou surpreendendo o animal silvestre, que teria sido provocado pelo cão. A reação do puma foi breve e não resultou em ferimentos mais profundos.
Apesar da gravidade do relato, especialistas reforçam que ataques de pumas a seres humanos são extremamente raros. O tenente Jeferson Zanini, do Pelotão Ambiental de Capão da Canoa, assegura que a ocorrência é isolada e que não há registros anteriores semelhantes na região.
Cibele Indrusiak, analista ambiental do Ibama, complementa que o próprio ferido relatou nunca ter tido problemas com predadores atacando seus animais, o que confirma o caráter excepcional do episódio.
A presença de pumas é esperada em áreas de Mata Atlântica e Pampa, ecossistemas onde esses felinos encontram abrigo e alimento. Por isso, o Ibama orienta que, ao avistar um animal silvestre de grande porte, os moradores evitem aproximação e não provoquem confrontos.
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Também é recomendado manter criações fechadas à noite e redobrar os cuidados ao transitar por áreas de mata. A prefeitura local e o Comando Ambiental da Brigada Militar reforçam que qualquer avistamento deve ser comunicado imediatamente por meio do telefone 190 ou ao batalhão ambiental mais próximo.
A convivência harmônica com a fauna depende de atitudes responsáveis e do respeito aos limites naturais dos habitats compartilhados. Vale ressaltar que o felino não traz ameaça à vida humana e que ele está em seu habitat natural que é cada vez mais invadido pelas populações locais.