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Trump tem primeiro decreto polêmico derrubado pela Justiça

A decisão foi publicada na última quinta, dia 23 de janeiro, três dias após assinatura

As primeiras ordens executivas do ex-presidente Donald Trump, tanto em seu mandato inicial quanto neste retorno ao cenário político, geraram imensas controvérsias e ampla repercussão. Seu estilo de governar, marcado por medidas incisivas e declarações contundentes, novamente tomou o centro das atenções internacionais.

A mais recente ação de Trump, que buscava acabar com o direito à cidadania automática para filhos de imigrantes ilegais e turistas, provocou uma enxurrada de reações judiciais e políticas.

A ordem executiva, assinada em janeiro de 2025, determinava que crianças nascidas nos Estados Unidos cujos pais estivessem no país ilegalmente ou apenas temporariamente (como turistas) não seriam reconhecidas como cidadãs americanas.

Segundo o decreto, essas crianças, a partir de 19 de fevereiro, poderiam ser deportadas, além de perderem o direito de acesso a benefícios sociais ou oportunidades de trabalho no futuro. A decisão foi rapidamente contestada.

Organizações civis e procuradores de 22 estados liderados por democratas argumentaram que a medida de Trump violava a 14ª Emenda da Constituição, que estabelece a cidadania para qualquer pessoa nascida em território americano. Em resposta, o juiz John Coughenour, de Seattle, suspendeu temporariamente a ordem, considerando-a “flagrantemente inconstitucional”.

Apesar do bloqueio judicial, Trump não recuou. Em um discurso polêmico, criticou o juiz e prometeu recorrer da decisão. “Eles sabem exatamente onde levar esses casos para conseguirem o que querem”, declarou, reforçando sua intenção de levar o tema a instâncias superiores.

Enquanto isso, no Congresso, deputados republicanos propuseram projetos de lei para restringir ainda mais a cidadania automática, algo que deve acirrar ainda mais os debates nas próximas semanas.

A medida, caso fosse mantida, teria impacto direto sobre diversas comunidades de imigrantes, incluindo a brasileira. A controvérsia destaca mais uma vez o poder transformador – e polarizador – das políticas de Trump, que continuam a moldar o futuro político e social dos Estados Unidos.

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