Esta foi a medida tomada por Donald Trump mais comemorada pelos bolsonaristas
Trump foi eleito para o segundo mandato como presidente do EUA.
A recente suspensão das atividades da USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) pelo presidente Donald Trump em seus primeiros dias como líder do país gerou entusiasmo entre parlamentares brasileiros alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
A decisão, considerada “altamente relevante” por deputados e senadores bolsonaristas, reflete um alinhamento ideológico em relação ao papel das organizações não governamentais (ONGs) no Brasil e em outras partes do mundo.
A USAID, criada para promover o desenvolvimento internacional e apoiar ONGs globais em áreas como meio ambiente, saúde e direitos humanos, tem uma atuação significativa no Brasil, especialmente na Amazônia.
No entanto, durante seu governo, Bolsonaro se mostrou crítico em relação à presença e às atividades dessas organizações, frequentemente as acusando de interferir nos assuntos internos do país.
Parlamentares bolsonaristas compartilham da mesma visão e enxergam a decisão de Trump como um passo importante para reduzir a influência de entidades internacionais em questões ambientais e políticas brasileiras.
Segundo aliados de Bolsonaro, a suspensão pode impactar o financiamento de ONGs que atuam na região amazônica, algumas das quais são vistas por esse grupo como responsáveis por pressionar o judiciário brasileiro em temas relacionados ao meio ambiente e aos direitos indígenas.
Para eles, a medida de Trump reforça o discurso de soberania nacional e o combate a influências externas consideradas indesejáveis. Reforçando o que pensa a extrema esquerda.
“A política dos Estados Unidos é que nenhuma assistência externa seja desembolsada de maneira que não esteja totalmente alinhada com a política externa do Presidente dos Estados Unidos”, diz a decisão de Trump, em tradução livre.
A suspensão das atividades da USAID pode trazer consequências significativas para diversas iniciativas no Brasil, especialmente aquelas voltadas para a preservação da floresta amazônica e o desenvolvimento sustentável.
ONGs que dependem de recursos internacionais, incluindo os provenientes da USAID, podem enfrentar dificuldades para manter projetos em andamento, prejudicando ações de monitoramento, preservação e apoio às comunidades locais.
No cenário político, a medida reafirma a conexão entre os movimentos conservadores no Brasil e nos Estados Unidos, simbolizando um alinhamento estratégico e ideológico entre os governos Bolsonaro e Trump.
Essa relação, que marcou o período em que ambos estiveram no poder, continua ressoando entre os aliados de Bolsonaro, que celebram as decisões de Trump como uma extensão de sua agenda política.
Por outro lado, especialistas apontam que o corte de financiamento para ONGs pode enfraquecer a capacidade de monitoramento ambiental em uma região crucial para o equilíbrio climático global.
Além disso, também pode dificultar o cumprimento de compromissos internacionais do Brasil na área ambiental. A medida, embora celebrada por bolsonaristas, reforça o debate sobre o papel das ONGs e a autonomia de políticas públicas no Brasil e no mundo.