Churrasco envenenado: Funcionário morreu e outros cinco ficaram internados após confraternização de empresa
O caso ficou sob a responsabilidade da Polícia Civil de Minas Gerais.
A Polícia Civil de Minas Gerais finalizou o inquérito sobre a morte de Wagner Orlandelli Martin, de 37 anos, ocorrida durante um churrasco de confraternização em Patrocínio, no mês de janeiro de 2024.
A investigação determinou que a causa da morte foi intoxicação alimentar provocada pela substância terbufós, um pesticida organofosforado. Além da vítima fatal, outras cinco pessoas ficaram hospitalizadas com sintomas graves após o evento.
Resultados da investigação
A análise realizada pela perícia detectou a presença de terbufós no sangue das vítimas, confirmando a contaminação. No entanto, os exames feitos em alimentos e bebidas consumidos na confraternização não indicaram vestígios da substância tóxica. Durante o inquérito, foram colhidos depoimentos de todos os presentes no churrasco, mas nenhum suspeito foi identificado.
De acordo com a polícia, não foi possível determinar o meio exato de contaminação nem se o episódio resultou de uma ação criminosa ou de negligência. Os autos do inquérito foram encaminhados à Justiça e aguardam análise do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
A Fundação Ezequiel Dias (Funed), em laudo divulgado anteriormente, já havia apontado que os sintomas registrados nos funcionários eram consistentes com intoxicação por organofosforados, corroborando as conclusões da polícia.
Detalhes da confraternização
O churrasco aconteceu em uma chácara localizada no Bairro Serra Negra, na noite de 12 de janeiro de 2024. Ao todo, 13 pessoas participaram da confraternização, incluindo 12 convidados e um churrasqueiro. Durante o evento, os presentes consumiram carne assada e chopp, sendo que a carne foi adquirida por dois dos convidados e preparada pelo churrasqueiro.
Após o término da confraternização, sete pessoas apresentaram sintomas de intoxicação, como náusea, vômito e mal-estar. Todas as vítimas foram hospitalizadas e passaram por exames que, assim como os alimentos e bebidas consumidos, foram enviados para análise em Belo Horizonte.
Continuidade das investigações
O caso segue sob análise do Ministério Público, que deverá determinar os próximos passos. A ausência de evidências que apontem um responsável direto pela contaminação mantém o episódio cercado de dúvidas, sem que a possibilidade de um acidente ou ação criminosa seja descartada. A morte de Wagner e o impacto nos demais participantes reforçam a necessidade de controle rigoroso no manuseio e transporte de substâncias perigosas.