Bolsonaro aponta traições dentro da Câmara e clima fica acalorado com troca de acusações
Bolsonaro apontou traições dentro da Câmara e o clima esquentou com diversas acusações sendo feitas.
De acordo com informações divulgadas pelo portal Metrópoles, Jair Messias Bolsonaro está convencido de que deputados do PL não seguiram sua orientação ao votar em Hugo Motta (Republicanos) para a presidência da Câmara dos Deputados.
Em conversas reservadas, ele teria identificado possíveis traições ao analisar os trinta e três votos recebidos por Marcel Van Hattem (Novo). E como o partido conta com apenas quatro parlamentares, a avaliação do grupo do ex-presidente é que a maioria dos votos dele veio do PL.
Com isso, o clã Bolsonaro acredita que deputados do PL teriam votado no candidato do Novo, e assim, não seguiram suas orientações. A eleição para o comando da Câmara ocorre por voto secreto, o que dificulta a identificação dos votantes.
O episódio se intensificou e discussões acalorados aconteceram, pois há uma divisão crescente dentro da direita, entre aqueles que defendem um dialogo com o centro e entre aqueles que se consideram ‘intransigentes’.
Em uma rede social, Ricardo Salles, filiado ao partido Novo, e ex-ministro de Bolsonaro, comentou que os votos representavam os valores da direita liberal conservadora. Van Hatten respondeu que a bancada do Novo tende a crescer em 2026.
Com isso, Bolsonaro não gostou da resposta e rebateu o candidato, declarando que o aumento na votação de Van Hatten aconteceu por conta do crescimento do PL.
Eduardo também criticou Van Hattem por se eleger em 2022 com apoio de Bolsonaro, mas atuar de forma divergente em relação às orientações do ex-presidente. “Aí está a verdadeira divisão da direita. E a troco de quê? De dar palanque para vocês se fortalecerem para as próximas eleições?”, disse..
Outras acusações também foram feitas e a discussão acabou se estendendo. Mário Frias, filiado ao PL, acusou o partido Novo e seus candidatos de estarem desgastando Bolsonaro para conseguirem votos em 2026.
No momento, há um conflito existente entre políticos que se consideram de direita, pois, enquanto Bolsonaro apoiou um nome de centro, para conseguir cargos estratégicos, outros membros da direita não acham viável apoiar candidaturas que se alinham ao governo petista.
Diante disso, enquanto Bolsonaro tenta manter uma estratégia pragmática, parte de seus aliados insiste em uma postura mais rígida, o que pode impactar a unidade do grupo nas próximas eleições.