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Após prestar depoimento à Polícia Federal , Carlos Bolsonaro se diz ‘violentado’

O vereador é mais um do clã Bolsonaro que está sob investigação.

Em meio à reta final de uma das investigações mais sensíveis envolvendo o governo anterior, o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) prestou depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira em Brasília.

Ele é um dos nomes ouvidos no inquérito que investiga a existência de uma estrutura informal de espionagem, apelidada de “Abin Paralela”, que teria sido instalada durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

A apuração gira em torno do uso de um software de origem israelense, que teria sido utilizado para monitorar ilegalmente alvos estratégicos, incluindo adversários políticos, autoridades e até aliados.

A suposta rede de espionagem estaria sob comando de Alexandre Ramagem (PL-RJ), então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e atual deputado federal.

Segundo as investigações, a estrutura utilizava tecnologia avançada para coleta de informações sem autorização judicial, o que caracterizaria grave violação institucional.

Apesar das suspeitas, Carlos Bolsonaro negou envolvimento direto nas ações investigadas e afirmou não ter participado de qualquer reunião onde a venda do software espião teria sido tratada. Ele também alegou não possuir vínculos estreitos com Ramagem, apontado como figura central no esquema.

Após prestar depoimento, Carlos usou suas redes sociais para desabafar sobre o processo. Em um tom pessoal e emocional, relatou desconforto por estar, segundo ele, sendo submetido a sucessivos interrogatórios sem acesso prévio às informações da investigação.

O vereador demonstrou indignação e se disse perseguido, classificando o momento como de constante humilhação. Através das redes sociais, o filho 02, do de Jair Bolsonaro se vitimizou após o depoimento e disse que sentiu-se “violentado”.

Afirmou ainda viver com receios sobre suas falas nos depoimentos e refletiu sobre um sentimento de impotência diante do que considera uma injustiça direcionada.

A investigação, que se aproxima da conclusão, pode gerar novos desdobramentos políticos e jurídicos. A apuração sobre a “Abin Paralela” expõe possíveis desvios na atuação de instituições públicas e lança luz sobre práticas clandestinas dentro do governo anterior.

A expectativa é que o relatório final da Polícia Federal traga esclarecimentos sobre o envolvimento de agentes públicos e o real alcance da operação de vigilância. A depender dos achados, o caso poderá gerar consequências tanto para os investigados quanto para o cenário político nacional.

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