Quem era a estudante de medicina, filha de médico, que perdeu a vida para doença rara que impede a produção de ‘heme’ pelo organismo
O caso gerou uma onda de comoção na comunidade local.
A cidade de Luzilândia, localizada no interior do estado do Piauí, enfrenta um momento de luto e tristeza com a perda precoce de Maria Clara Sabóia, filha do ex-prefeito e médico Vicente de Sabóia.
A jovem de apenas 23 anos faleceu na segunda-feira, 14 de outubro, após uma longa batalha contra a Porfiria Aguda Intermitente, uma enfermidade causada por uma deficiência da enzima porfobilinogênio desaminase, essencial para a produção de heme, substância presente em várias proteínas vitais do corpo, uma doença genética rara que afeta a produção de heme no corpo.
Estudante de Medicina, Maria Clara estava internada em uma unidade hospitar, na cidada de Teresina, capital piauense, desde maio deste ano, mas apesar dos esforços médicos, não resistiu e sofreu morte cerebral.
A morte de Maria Clara abalou profundamente a comunidade de Luzilândia, onde seu pai é uma figura amplamente respeitada tanto pela carreira médica quanto pelo tempo como prefeito.
A jovem era admirada por sua dedicação à medicina e sua força diante de uma doença tão debilitante. Para muitos, ela era um exemplo de resiliência e coragem, e sua partida deixou uma marca de tristeza na cidade. Seu falecimento provocou grande comoção, com homenagens sendo feitas em sua memória.
Em comunicado oficial, a família Sabóia confirmou a morte de Maria Clara e informou que o velório será restrito a parentes e amigos íntimos, atendendo ao desejo da jovem por uma despedida mais reservada.
A doença de Maria Clara, a Porfiria Aguda Intermitente, é uma condição hereditária rara, que atinge principalmente mulheres após a puberdade, com sintomas intensos e crises intermitentes.
Ela sofreu com fortes dores abdominais desde maio, inicialmente confundidas com dengue, mas que rapidamente evoluíram para um quadro grave, resultando na internação em UTI.
A luta de Maria Clara contra essa doença rara e devastadora trouxe à tona a necessidade de maior conscientização sobre enfermidades genéticas e os desafios que elas impõem aos pacientes e às famílias. O legado de sua determinação e bravura permanecerá vivo na memória de sua comunidade, que agora busca conforto em um momento de tão grande dor.