Ex-jogador Alexandre Pato se oferece para custear traslado do corpo de Juliana

Corpo de Juliana foi resgatado nesta quarta, dia 25 de junho
A comoção nacional provocada pela morte de Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, ganhou um novo capítulo que dividiu opiniões. Muitos brasileiros se surpreenderam e se indignaram ao saber que o governo federal não arcaria com os custos do translado do corpo da jovem para o Brasil.
A decisão foi confirmada pelo Itamaraty, que alegou ausência de base legal e orçamentária para esse tipo de despesa, seguindo o que determina o Decreto nº 9.199/2017. A informação repercutiu nas redes sociais, com uma enxurrada de críticas à falta de sensibilidade diante do sofrimento da família.
A jovem havia sido encontrada sem vida após quatro dias de buscas em uma área de difícil acesso. A operação de resgate envolveu desafios extremos, como terreno íngreme, chuvas e neblina. Juliana estava sozinha, ferida, sem água, alimento ou abrigo, à espera de socorro.
Diante da notícia de que a família enfrentava dificuldades para bancar o transporte internacional do corpo, um gesto inesperado chamou atenção: o ex-jogador de futebol Alexandre Pato se ofereceu para arcar com todos os custos do traslado.
O atleta, casado com Rebeca Abravanel, usou as redes sociais para pedir ajuda a fim de localizar os familiares da jovem e, segundo confirmou o jornal O Globo, conseguiu estabelecer contato direto com eles.
O gesto de Pato foi amplamente elogiado, visto como um ato de empatia e solidariedade em meio ao vazio deixado por políticas públicas limitadas. Muitas pessoas compararam o silêncio institucional com a iniciativa pessoal do atleta, que não conhecia Juliana, mas sentiu-se tocado com a situação.
Embora o Itamaraty tenha prestado apoio consular, a falta de amparo financeiro em uma situação tão delicada gerou desconforto generalizado. Juliana Marins era formada em Publicidade, aventureira e apaixonada por viagens.
Sua morte deixou uma marca profunda, e agora, graças a uma corrente de solidariedade que ultrapassou a burocracia, sua família poderá ao menos lhe oferecer uma despedida digna em solo brasileiro.