Suspeito de matar motorista de aplicativo se dizia pastor da Assembleia de Deus

A polícia segue com as investigações.
O homem responsável pelo assassinato da motorista de aplicativo Ana Rosa Rodolfo de Queiroz Brandão, ocorrido na quarta-feira, 26 de fevereiro, no Cruzeiro, se identificava como pastor da igreja Assembleia de Deus Vida e Paz, localizada em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal.
Antônio Ailton da Silva, que já era procurado pela polícia desde a noite anterior por tentativa de homicídio contra sua ex-mulher e uma amiga dela, aproveitou uma corrida informal para cometer o crime.
A motorista, que residia na mesma cidade do suspeito, teria aceitado levá-lo até Valparaíso por um valor combinado de R$ 35, visto que já estava finalizando o dia de trabalho.
Antônio solicitou a corrida nas proximidades da Rodoviária do Plano Piloto, mas durante o trajeto, nas proximidades da 3ª Delegacia de Polícia, anunciou o assalto e esfaqueou Ana Rosa. Ferida, ela perdeu o controle da direção e colidiu com o veículo. O criminoso então fugiu a pé.
A tentativa de fuga, no entanto, foi percebida por populares na região da Rodoviária do Cruzeiro, que gritaram alertando um sargento do Exército sobre a presença do suspeito.
O militar iniciou a perseguição e deu ordem de parada, mas Antônio reagiu e tentou atacá-lo com a faca. Ele foi capturado e preso em flagrante pouco depois. O histórico de violência do criminoso já vinha sendo investigado desde a noite anterior ao assassinato de Ana Rosa.
Ele era procurado pela tentativa de feminicídio contra a ex-companheira, Maria Custódio da Silva Gama, e por ferir uma amiga dela no Recanto das Emas. Policiais militares chegaram a intensificar patrulhamentos na região após o ataque, mas Antônio conseguiu se esconder e fugir para o Setor de Indústria e Abastecimento (SIA).
Em depoimento à Polícia Civil, Maria Custódio, que também se apresenta como pastora, questionou a veracidade do título de pastor do criminoso. Segundo ela, é possível que ele tenha falsificado documentos para se aproximar dela e convencê-la a se casar.
O relacionamento entre os dois havia terminado apenas dois dias antes do ataque, o que pode ter motivado a fúria do agressor. Após ferir a ex-mulher e sua amiga, Antônio permaneceu foragido até ser preso em flagrante após assassinar Ana Rosa.
O caso segue sob investigação das autoridades, que buscam esclarecer todos os crimes cometidos pelo suspeito e garantir que ele responda pelos atos de violência praticados.