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Trump volta a ameaçar o Brasil com novas taxas

As ameças de Trump também estão sendo acompanhadas de perto pelo governo brasileiro.

Em meio a tensões crescentes entre Brasília e Washington, o governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, voltou a fazer declarações incisivas contra o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

A movimentação diplomática ganhou força após uma nota divulgada nesta segunda-feira (14), nas redes sociais da Secretaria de Estado norte-americana, na qual o subsecretário Darren Beattie criticou diretamente o governo brasileiro, associando suas ações a supostas violações de liberdades democráticas.

No comunicado, Beattie alegou que o presidente dos EUA teria tomado medidas em resposta aos “ataques” contra Jair Bolsonaro, à liberdade de expressão e ao comércio bilateral.

A principal ação anunciada por Trump foi a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, a partir de 1º de agosto, alegadamente por motivos políticos e econômicos.

Contudo, especialistas e entidades do setor produtivo brasileiro contestam a justificativa, apontando que os Estados Unidos mantêm superávit comercial com o Brasil desde 2009, o que enfraquece o argumento de desequilíbrio comercial utilizado pelo governo norte-americano.

No Brasil, a resposta do governo federal foi imediata. O presidente Lula sancionou o decreto que regulamenta a Lei de Reciprocidade, instrumento jurídico que autoriza o país a adotar medidas equivalentes contra nações que impõem barreiras comerciais unilaterais.

A Confederação Nacional da Indústria e representantes do agronegócio manifestaram preocupação com o impacto das tarifas sobre o setor produtivo e os empregos nacionais.

A escalada diplomática ocorre paralelamente ao julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado em 2022. Esse processo, considerado legítimo por juristas brasileiros, é citado por Trump como motivação para as sanções, chamando-o de injusto e politizado.

O cenário atual evidencia um novo ponto de atrito nas relações entre Brasil e Estados Unidos. A intervenção política no comércio bilateral pode gerar consequências econômicas significativas e exige articulação diplomática cuidadosa, especialmente diante da pressão internacional e das repercussões internas no setor produtivo brasileiro.

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