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Tristeza e dor: Infelizmente morre os nossos 3 queridos após lutarem para s… Ver mais

A manhã desta quinta-feira (14) foi marcada por comoção e silêncio em Campo Bom, no Vale do Sinos. Amigos, familiares e colegas de farda se reuniram para dar o último adeus a três jovens soldados do 18º Batalhão de Infantaria Motorizado, mortos em um grave acidente de trânsito na BR-116, em São Leopoldo. As vítimas — Eduardo Hoffmeister, Davi Adrian da Silva e Vitor Golfetto, com idades entre 18 e 19 anos — eram reconhecidas pela dedicação à carreira militar e pelos sonhos interrompidos de servir ao país.

O acidente ocorreu na tarde de quarta-feira (13), quando o carro em que viajavam colidiu violentamente com outro veículo. O impacto foi tão intenso que os cinco ocupantes foram arremessados para fora. Eduardo, Davi e Vitor morreram ainda no local, antes mesmo da chegada das equipes de resgate. Outros dois soldados, Leopoldo dos Santos Staudt e Jailson dos Santos Gomes, ambos de 19 anos, sobreviveram, mas precisaram passar por cirurgias. Segundo boletim médico, os dois permanecem em condição estável.

No quartel, o clima é de luto profundo. O tenente-coronel Ivan Werberich, comandante do 18º BIMtz, descreveu os jovens como “maravilhosos, cumpridores de missão e comprometidos com a carreira militar”. Emocionado, o oficial destacou que todos manifestavam o desejo de permanecer no Exército. “É uma perda incomensurável para nós, pois eram rapazes que tinham muito a oferecer ao país e à comunidade”, declarou.

As cerimônias de despedida reuniram uma multidão. No salão onde foram realizados os velórios, a fila para abraçar os familiares se estendia pela rua. Flores, bandeiras e fardas compunham o cenário que misturava dor e orgulho. A Câmara Municipal de Campo Bom também se manifestou oficialmente, emitindo nota de pesar, especialmente pelo fato de Davi ser filho da vereadora suplente Ana Machado. A presença de autoridades reforçou o apoio da cidade às famílias enlutadas.

Em meio às despedidas, histórias de vida se misturavam às lágrimas. Eduardo, filho de uma tradicional família de empreendedores locais, trabalhava com os pais em uma empresa de turismo que, nas redes sociais, publicou uma homenagem emocionada. Vitor, apaixonado por esportes, era conhecido por ajudar os colegas nos treinos físicos. Davi, descrito como carismático e sempre sorridente, sonhava em ingressar na Escola de Sargentos das Armas. Para os amigos, a perda deixa um vazio difícil de preencher.

A tragédia não comove apenas pela juventude das vítimas, mas também pelo impacto coletivo. Em uma cidade com pouco mais de 70 mil habitantes, a ligação entre as famílias e a proximidade da comunidade tornam o luto mais intenso. Nas ruas de Campo Bom, era possível ver bandeiras a meio mastro e comerciantes interrompendo o expediente para prestar suas últimas homenagens. O sentimento é de que todos perderam alguém próximo.

Os corpos dos três soldados foram sepultados na tarde desta quinta-feira, sob aplausos e toques de corneta. O som ecoou como um tributo à coragem e ao compromisso dos jovens, cuja jornada foi interrompida de forma trágica. Enquanto a investigação sobre as circunstâncias do acidente prossegue, Campo Bom tenta, aos poucos, encontrar forças para seguir em frente, levando na memória a imagem de três rapazes que, mesmo em tão pouco tempo, deixaram uma marca indelével na comunidade.

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