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Sepultamento de médica que perdeu a vida de forma abrupta diante dos colegas foi marcado por enorme comoção

Familiares, amigos e pacientes estão desolados.

Neste sábado (20), o corpo da médica Maggy Lopes da Costa, de 66 anos, foi sepultado no Cemitério Bosque da Esperança, situado em Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais.

Atuando há quase duas décadas no Sistema Único de Saúde (SUS) da capital mineira, ela construiu uma trajetória marcada pelo comprometimento com a medicina de família, onde trabalhou por mais de uma década.

Durante uma reunião profissional no local, Maggy se sentiu mal e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Ela chegou a ser socorrida por colegas, mas não resistiu após ser internada.

O encontro em que estava reunia profissionais responsáveis por discutir denúncias envolvendo o ambiente de trabalho, especialmente relatos de pressões e conflitos enfrentados por funcionários da saúde. Maggy havia manifestado preocupação com situações recorrentes e vinha relatando experiências difíceis nos últimos tempos.

Uma das situações apontadas por colegas teria começado após ela se negar a emitir um laudo sem respaldo técnico adequado, reforçando a importância de avaliações feitas por equipes especializadas.

Após esse episódio, passou a relatar episódios de constrangimento e comportamentos hostis direcionados a ela. A Prefeitura de Belo Horizonte lamentou o ocorrido e destacou que oferece suporte psicológico aos servidores da rede.

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Já representantes do Sindicato dos Médicos de Minas Gerais chamaram atenção para o aumento expressivo de situações que envolvem constrangimentos e pressões no ambiente de trabalho, especialmente nas unidades municipais.

Entre janeiro e junho deste ano, mais de 600 registros foram contabilizados, refletindo a rotina desafiadora enfrentada por quem atua na linha de frente da saúde pública.

O sindicato também criticou mudanças na segurança das unidades, como a substituição da presença física de guardas municipais por sistemas de câmeras. Para a entidade, essa substituição reduz a sensação de proteção e pode intensificar os riscos enfrentados por profissionais e usuários do serviço.

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