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Relatório aponta possíveis causas para queda de avião em Gramado

Todas as vítimas eram da mesma família.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos apresentou as conclusões iniciais sobre a tragédia aérea ocorrida em 22 de dezembro em Gramado, na Serra Gaúcha, que resultou em dez óbitos de uma mesma família.

A primeira hipótese apontada pelos investigadores é conhecida como “Cfit” (Colisão com o Solo em Voo Controlado), fenômeno que ocorre quando aeronaves colidem com obstáculos sem apresentar problemas mecânicos.

A Força Aérea Brasileira (FAB) esclarece que acidentes do tipo “Cfit” podem acontecer em decorrência da desorientação espacial do piloto, problemas de percepção ou falhas na navegação durante o voo.

Os investigadores confirmaram que a aeronave, antes de tocar o solo, colidiu com a chaminé de um edifício. O acidente teve início no Aeroporto de Canela, local que não possui infraestrutura de torre de controle.

As condições meteorológicas no momento da decolagem apresentavam forte neblina, fator que pode ter contribuído para o desastre. O piloto Luiz Cláudio Salgueiro Galeazzi iniciou o voo às 9h15.

A segunda causa potencial identificada pelo relatório é a perda de controle em voo, tecnicamente denominada Loss of Control in-Flight (LOC-I), situação em que os pilotos perdem a capacidade de manter o controle da aeronave.

O Cenipa enfatiza que o objetivo da investigação não é estabelecer culpados, mas compreender os fatores técnicos que contribuíram para o acidente, visando prevenir futuras ocorrências semelhantes.

A sequência do acidente provocou uma série de danos materiais, atingindo uma residência, um estabelecimento comercial de móveis e uma pousada, além de ferir 17 pessoas, principalmente por inalação de fumaça.

Entre as vítimas que permanecem hospitalizadas, Valdete Maristela Santos da Silva, de 51 anos, encontra-se no Hospital Cristo Redentor com queimaduras em 30% do corpo, tendo sido transferida da UTI para a enfermaria especializada.

Outra paciente, uma mulher de 56 anos não identificada, permanece na UTI do Hospital de Pronto-Socorro com queimaduras graves em 43% do corpo, embora seu quadro seja considerado estável pelos médicos.

O impacto da aeronave provocou uma série de danos em sequência, começando pela colisão com a chaminé do prédio e culminando em um incêndio que afetou várias estruturas no entorno.

As autoridades competentes prosseguem com as investigações para determinar com precisão todos os fatores que contribuíram para esta tragédia que abalou a comunidade da Serra Gaúcha.

A análise minuciosa das condições meteorológicas, do estado da aeronave e dos procedimentos adotados durante o voo continuará sendo realizada pelos investigadores para a elaboração do relatório final.

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