Este foi o pedido que Bolsonaro fez para os seus aliados antes de entrar em cirurgia: ‘Filhos chorando’

O ex-presidenteestá internado e passa por cirurgia no DF.

Em meio a um delicado quadro de saúde que exigiu mais uma cirurgia abdominal, o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a mobilizar seus apoiadores políticos neste domingo (13).

Antes mesmo de ser levado ao centro cirúrgico, às 8h30 da manhã, ele compartilhou uma mensagem em grupos de WhatsApp pedindo apoio ao projeto de lei 2.858 de 2022, que propõe anistia aos envolvidos nos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023, episódio que marcou a invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília.

Na mensagem, distribuída por volta das 6h51, Bolsonaro fez um apelo aos parlamentares, pedindo reflexão sobre a importância do voto favorável à proposta. Ele também instigou seus seguidores a compartilharem o conteúdo, especialmente entre aqueles que se opõem à chamada “anistia humanitária”.

A intenção é pressionar o Congresso Nacional a aprovar o projeto que, segundo seus defensores, busca reconsiderar a punição imposta a manifestantes condenados.

A articulação política ganhou fôlego após o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, anunciar na última sexta-feira que havia conseguido as 257 assinaturas necessárias para levar a proposta diretamente ao plenário da Câmara.

Com isso, o texto poderá ser apreciado sem a necessidade de passar pelas comissões temáticas, o que acelera sua tramitação. Bolsonaro mencionou nominalmente o caso de Débora Rodrigues dos Santos, uma cabeleireira de 39 anos, condenada por depredar um símbolo da Justiça com batom no ato do 8 de Janeiro.

Mesmo com a redução da pena de 14 para 10 anos de prisão, ele considerou a punição excessiva, classificando o episódio como uma “brutal injustiça”. Mesmo enfrentando sexta cirurgia desde o atentado que sofreu em 2018, Bolsonaro continua atuando nos bastidores da política.

A movimentação destaca o peso das discussões em torno da responsabilização dos envolvidos nos atos antidemocráticos e acirra o debate sobre os limites entre justiça, punição e clemência política no Brasil.