Piloto que morreu em acidente aéreo em SP, enviou mensagens para mãe minutos antes da queda do avião; vídeo

O acidente aéreo que vitimou o piloto Matheus Henrique Gomes de Toledo, de 25 anos, ocorreu no último domingo (9), em uma área indígena do município de Peruíbe, que está localizada no interior do estado de São Paulo. Momentos antes da queda, ele manteve contato com a mãe, Tais Elena de Souza Gomes, que registrou a última conversa entre os dois. A troca de mensagens, capturada em uma imagem divulgada pela imprensa, revela que o jovem piloto viu a mãe acenando para ele enquanto sobrevoava a região.
A aeronave envolvida no acidente era um Cessna 150J, que caiu por volta das 17h50 na Terra Indígena Piaçaguera, próximo à divisa com Itanhaém, local de onde havia decolado.
O voo tinha caráter de instrução e contava com um aluno a bordo, que sobreviveu ao impacto. A causa do acidente ainda será investigada pelas autoridades responsáveis.
A mãe do piloto relatou que costumava observar as aeronaves passando pela região e sempre imaginava que uma delas poderia estar sendo comandada pelo filho. No dia da tragédia, após ver um avião que acreditava ser o de Matheus, ele confirmou por mensagem que havia notado seu aceno.
A conversa ocorreu por volta das 13h30, sendo a última mensagem do piloto enviada às 16h09, aproximadamente duas horas antes da queda. No entanto, a aeronave visualizada por ela mais cedo não era a mesma que se acidentou, pois o avião envolvido no desastre possuía o prefixo PT-AKY.
Familiares acreditam que o piloto tenha tomado medidas para garantir a sobrevivência do aluno que o acompanhava. Para a mãe, Matheus demonstrava grande habilidade nos pousos e possuía experiência suficiente para evitar falhas humanas.
A hipótese de um problema mecânico é considerada pela família, que aguarda o resultado da investigação conduzida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O sobrevivente, de 24 anos, foi encaminhado ao Hospital Regional Jorge Rossmann e apresenta quadro de saúde estável, recebendo os cuidados médicos necessários. Equipes de resgate foram mobilizadas para o local do acidente, e o salvamento do passageiro levou cerca de três horas.
O Corpo de Bombeiros deslocou 15 agentes em cinco viaturas para atender à ocorrência, contando com o apoio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), da Defesa Civil de Peruíbe e da Polícia Militar.
A queda da aeronave atingiu a aldeia Awa Porangawa Dju, dentro do território indígena Piaçaguera. Apesar do impacto, nenhum morador da comunidade foi ferido. No entanto, a destruição causada pelo acidente derrubou árvores que bloquearam a estrada de acesso às moradias.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), vinculado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), já iniciou os trabalhos para apurar as circunstâncias do ocorrido.
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Durante essa fase inicial da investigação, técnicos especializados analisam os destroços, coletam dados sobre as condições do voo e buscam esclarecer os fatores que levaram ao acidente.
Enquanto as autoridades avançam na apuração, amigos e familiares lamentam a perda do piloto, lembrado por sua dedicação à aviação e pelo carinho com que tratava aqueles ao seu redor.
O acidente levanta questionamentos sobre a segurança de voos de instrução e reforça a necessidade de fiscalização rigorosa para evitar que tragédias semelhantes voltem a ocorrer.