Pai que matou o filho autista de 11 anos mandou mensagem para mãe da criança após crime

Criança estava com o pai desde o dia 31 de outubro
Crimes envolvendo pais e filhos despertam uma mistura de perplexidade e tristeza, especialmente quando a confiança e o amor, pilares dessa relação, são quebrados de forma inesperada.
Em João Pessoa (PB), um caso que abalou a comunidade local mostra como uma sequência de mensagens aparentemente comuns escondia um desfecho inimaginável. O pequeno Arthur, de 11 anos, autista e com deficiência visual, foi encontrado sem vida após passar o fim de semana sob os cuidados do pai, Davi Piazza Pinto, de Santa Catarina.
O homem havia viajado à Paraíba com o argumento de que queria estreitar laços com o filho e ajudar a mãe, Aline Lorena, na rotina de cuidados. O reencontro, porém, teve um desfecho inesperado.
Na manhã de sábado, dia 1 de novembro, Davi trocou mensagens com Aline, que perguntava com carinho sobre o bem-estar do menino: “Tudo bem por aí? Arthur comeu? Foi ao banheiro?”.
O pai respondia com aparente normalidade e até prometeu enviar uma foto “quando desse”. À tarde, diante do silêncio prolongado, a mãe insistiu em novas mensagens. Às 17h51, ele respondeu: “Tudo bem sim. Fica tranquila”. Veja print da conversa:
O que Aline não imaginava é que, segundo as investigações, Arthur já havia morrido no momento em que recebeu a mensagem. O corpo da criança foi encontrado horas depois, enterrado em uma área de mata no bairro Colinas do Sul, na capital paraibana.
De acordo com a Polícia Civil, Davi confessou o crime após retornar a Florianópolis e se apresentar à polícia. O Instituto Médico Legal (IML) confirmou que a causa da morte foi asfixia por sufocamento.
Arthur havia nascido prematuro, com apenas 800 gramas, e sobreviveu com muito esforço e dedicação da mãe, que sempre destacou a força e a doçura do filho. “A gente batalhou a vida inteira por ele. O que aconteceu só cabe à Justiça agora”, declarou Aline, emocionada.
O caso, que segue em investigação, evidencia como relações familiares podem esconder conflitos silenciosos e reforça a importância de atenção a sinais de desequilíbrio e fragilidade emocional, especialmente quando envolvem crianças.




