Pablo Marçal é condenado por abuso de poder e fica inelegível por 8 anos
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Empresário foi candidato a prefeitura de São Paulo.
A Justiça Eleitoral de São Paulo decidiu, nesta sexta-feira (21/02), condenar o empresário Pablo Marçal por abuso de poder político e econômico. A denúncia surgiu após as eleições municipais do ano passado.
Marçal foi candidato a Prefeitura de São Paulo e acabou denunciado. Com a decisão, o empresário se torna inelegível, isto é, perde seus poderes políticos, por 8 anos.
A decisão foi assinada pelo Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral da capital paulista, concluiu que o ex-candidato não apenas fez abuso de poder econômico e político, como também fez uso indevido de meios de comunicação social e captação ilícita de recursos.
Como a decisão foi tomada em primeira instância, Marçal terá o direito de recorrer. Caso o faça, o processo será encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), onde será julgado o recurso.
Antônia de Jesus Barbosa Fernandes, que foi vice na chapa encabeçada por Marçal, foi absolvida das acusações e, por isso, mantém seus poderes políticos. Marçal se candidatou pelo PRTB.
Após a decisão da Justiça, o presidente do PRTB, Leonardo Avalanche, criticou o entendimento do juiz. “Entendemos que a interpretação adotada na decisão inicial não reflete a realidade dos fatos nem a razoabilidade merecida em questão”, afirmou.
Pablo Marçal teve grande popularidade na candidatura a São Paulo, apesar de ter ficado de fora do segundo turno. Em certo momento da campanha, ele vendeu apoio a outros políticos em troca de um pagamento de R$5 mil.
A proposta era simples: quem quisesse um vídeo de Marçal, deveria fazer um pix no valor. “Fez a doação, eu mando o vídeo”, disse o então candidato ao divulgar a oferta.
Depois da divulgação do vídeo, Guilherme Boulos (PSol) entrou com uma representação contra Marçal. O PSB, partido da também candidata Tabata Amaral, também entrou com uma denúncia contra Marçal.