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No STF, general admite ser o autor de plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

Confissão aconteceu em depoimento desta quinta, dia 24 de julho

A trama golpista que vem sendo investigada pelo Supremo Tribunal Federal tem revelado episódios cada vez mais surpreendentes e gerado intenso debate político e jurídico no país.

As revelações envolvem nomes do alto escalão militar, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro e documentos que, até recentemente, pareciam ficção conspiratória. Mas os depoimentos e provas apontam para articulações reais e bastante delicadas.

Nesta quinta, dia 24 de julho, o general da reserva Mario Fernandes, ex-assessor de Bolsonaro no Palácio do Planalto, admitiu em depoimento ao STF ser o autor de um plano que previa o assassinato de figuras centrais da República: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo, Alexandre de Moraes.

Segundo ele, o documento seria apenas uma “análise pessoal de risco”, escrita e digitalizada como uma espécie de estudo, e posteriormente descartada. Fernandes declarou ainda que se arrepende de ter registrado a ideia. Veja o momento da confissão:

A Polícia Federal, no entanto, vê o material como parte concreta do chamado plano “Punhal Verde e Amarelo”, revelado por meio da delação do tenente-coronel Mauro Cid. O conteúdo teria sido discutido em reuniões entre militares e aliados, inclusive na residência do general Braga Netto, ex-ministro da Defesa e então candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022.

Além da ideia de assassinatos, o plano previa movimentações estratégicas e financeiras, como o repasse de dinheiro em sacola de vinho a outros envolvidos, segundo delatores. As investigações mostram que a proposta seria ativada caso o golpe de 2022 obtivesse êxito.

O general Fernandes também mencionou que havia conversas sobre decretos para intervir nos outros Poderes alegadamente dentro da Constituição. Ele afirmou que Bolsonaro, apesar de tudo, sempre buscou agir dentro da legalidade.

O caso segue em análise pelo STF, com novos depoimentos previstos e possibilidade de novos réus serem incluídos. A cada nova revelação, o escândalo se torna ainda mais complexo e cercado de controvérsias.

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