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Natureza em fúria: Vídeos expõe a destruição provocada por ciclone que atingiu arquipélago em Mayotte

Equipes de emergência lutam contra o tempo para resgatar sobreviventes.

O arquipélago de Mayotte, território francês no Oceano Índico, enfrenta uma situação crítica após a passagem devastadora do ciclone Chido, ocorrido no último sábado. O fenômeno climático deixou um rastro de destruição, com casas reduzidas a escombros e infraestruturas essenciais, como hospitais e escolas, gravemente danificadas.

Autoridades e equipes de emergência estão mobilizadas para fornecer assistência e resgatar possíveis sobreviventes em meio a cenas descritas como apocalípticas. A ministra da Saúde da França, Geneviève Darrieussecq, relatou que o principal hospital de Mayotte sofreu danos significativos, especialmente nas áreas de cirurgia, emergência e maternidade, tornando o atendimento de saúde praticamente inoperante.

https://x.com/afpfr/status/1868378178168996007

Além disso, o ciclone interrompeu o fornecimento de água potável e energia elétrica, agravando ainda mais a crise. Estradas bloqueadas e comunicações cortadas dificultam o acesso a áreas afetadas, onde muitas pessoas podem estar presas sob os escombros.

O presidente Emmanuel Macron convocou uma reunião de crise em Paris para coordenar os esforços de resposta, enquanto o ministro do Interior, Bruno Retailleau, supervisiona diretamente as operações em Mayotte.

Especialistas apontam que a força destrutiva do ciclone foi potencializada pelo aquecimento das águas do Oceano Índico, atribuído às mudanças climáticas. A ilha vizinha de Réunion tornou-se o centro logístico para as operações de resgate, com envio de suprimentos médicos, equipes de saúde e agentes de segurança para o território atingido.

A situação é ainda mais preocupante devido à vulnerabilidade socioeconômica de Mayotte, considerado o departamento mais pobre da França, com grande parte da população vivendo em condições precárias.

https://x.com/Kamardine_M/status/1867916067366158702

O prefeito François-Xavier Bieuville teme que o número de vítimas fatais alcance centenas ou até milhares, em parte pela dificuldade de contabilizar os mortos, agravada pela imigração irregular na região.

As práticas culturais e religiosas locais também podem contribuir para a subnotificação, dado que muitos cadáveres são enterrados rapidamente. O ciclone Chido expôs a fragilidade estrutural e social de Mayotte, reforçando a urgência de ações preventivas e estratégias de mitigação frente aos impactos das mudanças climáticas.

À medida que os esforços de resgate continuam, a tragédia serve como um alerta sobre a necessidade de investimentos em infraestrutura resiliente e na proteção das comunidades mais vulneráveis.

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