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Morre o coreógrafo Fábio de Mello e falecimento gera comoção: ‘perda irreparável’

Causa ainda não foi divulgada.

O universo do carnaval brasileiro amanheceu mais triste nesta terça-feira (28) com o falecimento de Fábio de Mello, aos 61 anos. O icônico coreógrafo, que transformou para sempre a arte das comissões de frente, teve sua partida confirmada pela Imperatriz Leopoldinense, escola que marcou profundamente sua trajetória.

A genialidade de Mello começou a brilhar intensamente em 1992, quando aceitou o convite da saudosa carnavalesca Rosa Magalhães para integrar a Imperatriz Leopoldinense. Sua permanência na agremiação até 2007 foi marcada por uma série impressionante de conquistas e inovações.

Durante sua passagem pela Imperatriz, o artista acumulou uma sequência histórica de 12 notas máximas consecutivas dos jurados, entre 1992 e 2002, demonstrando sua consistência e excelência no ofício que tanto amava.

O talento excepcional de Mello foi reconhecido com cinco títulos de campeão do carnaval carioca pela Imperatriz Leopoldinense, nos anos de 1994, 1995, 1999, 2000 e 2001, além de cinco prestigiosos prêmios Estandarte de Ouro durante este período.

Sua arte transcendeu os limites da Imperatriz, deixando marcas profundas em outras grandes escolas do carnaval carioca. Beija-Flor de Nilópolis, Unidos do Viradouro e Mocidade Independente de Padre Miguel tiveram o privilégio de contar com seu talento, sendo que na Mocidade conquistou mais um Estandarte de Ouro.

O jornalista e escritor Fábio Fabato prestou uma eloquente homenagem ao mestre: “Fábio de Mello foi, para mim, o grande coreógrafo de comissão de frente da história. Pensou coreografias a partir da peculiaridade da Sapucaí”, disse, relembrando as características artísticas de Fábio.

Em 2015, Mello retornou à sua casa artística, a Imperatriz Leopoldinense, onde conquistou seu sétimo Estandarte de Ouro, marcando sua última participação como coreógrafo no carnaval carioca com mais uma conquista memorável.

Nos últimos anos de vida, o artista enfrentou desafios significativos, lutando contra dificuldades financeiras e os efeitos da Síndrome de Guillain-Barré, uma condição que afeta o sistema nervoso.

“Uma perda irreparável, de um artista que jamais será esquecido e merecerá para sempre os aplausos por seu legado”, diz um trecho da nota oficial divulgada há pouco pela escola de samba Imperatriz.

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