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Médico que removeu o fígado, ao invés do baço de um paciente, tentou esconder o erro

O caso segue sob investigação.

Este caso absurdo, chamou a atenção da comunidade médica mundial. Um cirurgião nos Estados Unidos foi suspenso pelo Conselho de Medicina da Flórida após um erro médico fatal durante uma cirurgia realizada em agosto do ano passado.

Thomas Shaknovsky, que atuava no Ascension Sacred Heart Emerald Coast Hospital, cometeu uma falha grave ao remover o fígado de um paciente de 70 anos em vez do baço, procedimento inicialmente planejado.

A família da vítima acusa o profissional e sua equipe de tentar encobrir o equívoco por meio da falsificação de documentos médicos. O caso teve início quando William Bryan, morador do Alabama, começou a sentir dores intensas na região abdominal enquanto visitava uma propriedade alugada na Flórida.

Após ser levado a um hospital no condado de Walton, exames identificaram uma anormalidade no baço, levando os médicos a recomendarem uma esplenectomia laparoscópica assistida.

Embora a família tenha demonstrado hesitação quanto à cirurgia, Shaknovsky e o diretor médico do hospital, Christopher Bacani, insistiram que o procedimento era essencial para evitar complicações sérias.

Durante a operação, no entanto, o cirurgião removeu erroneamente o fígado do paciente, cortando sua principal irrigação sanguínea, o que provocou uma perda de sangue massiva e levou à morte imediata.

Após o ocorrido, Shaknovsky tentou justificar o erro afirmando à esposa de Bryan que o baço do marido estava gravemente comprometido e havia aumentado de tamanho, deslocando-se dentro do corpo.

Para piorar a situação, o fígado extraído foi rotulado erroneamente como baço, sendo identificado corretamente apenas após a morte do paciente. A família da vítima alega que quatro enfermeiras contribuíram para a tentativa de acobertar o erro ao registrar informações falsas na certidão de óbito e em outros documentos médicos.

Por isso, os parentes de Bryan entraram com uma ação judicial contra o hospital na semana passada, solicitando uma indenização de US$ 50 mil (cerca de R$ 290 mil) para cobrir as despesas com o funeral e outros custos associados à tragédia.

Além desse caso, Shaknovsky já possuía um histórico de erro médico. Em 2023, ele teria removido uma parte do pâncreas de outro paciente em vez de realizar a ressecção da glândula adrenal, procedimento originalmente indicado.

A reincidência de falhas graves levanta questões sobre a segurança dos pacientes e a supervisão da atuação profissional em hospitais. A suspensão do cirurgião reforça a necessidade de rigor na fiscalização de práticas médicas e no cumprimento de protocolos para evitar fatalidades decorrentes de negligência.

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