Amiga da jovem atriz foi que a encontrou morta em casa.
A atriz sul-coreana Kim Sae-ron foi encontrada morta em sua residência em Seul no domingo (16), aos 24 anos. A artista, que começou sua carreira ainda criança e conquistou reconhecimento internacional, havia se afastado dos holofotes desde 2023, após ser condenada por dirigir sob efeito de álcool.
A polícia sul-coreana investiga as circunstâncias da morte, embora não tenha encontrado sinais de crime. O corpo foi descoberto por um amigo, segundo informações divulgadas à imprensa.
Kim ganhou notoriedade como atriz mirim ao estrelar o filme Uma Nova Vida (2009), exibido no Festival de Cinema de Cannes. Seu talento foi consolidado no cinema e na televisão, com atuações em produções como Ajeossi (2010), The Neighbors (2012) e Uma Garota à Porta (2014).
No entanto, sua carreira começou a enfrentar dificuldades após o episódio ocorrido em 2022, quando foi flagrada dirigindo embriagada e colidiu com um poste em Seul.
O tribunal a considerou culpada, mas determinou apenas o pagamento de uma multa equivalente a cerca de R$ 80 mil. Seu último trabalho foi no K-drama Cães de Caça (2023), da Netflix.
A notícia da morte de Kim gerou comoção na indústria do entretenimento sul-coreano. Colegas de profissão prestaram homenagens nas redes sociais. O ator Kim Ok-bin publicou uma imagem de um crisântemo branco, símbolo de luto em muitas culturas asiáticas, desejando que a atriz descanse em paz.
Já a atriz Kim Min-che, que interpretou sua mãe no filme The Neighbors, compartilhou uma cena do longa e expressou sua felicidade por tê-la conhecido profissionalmente.
O falecimento da atriz reacendeu debates sobre a pressão enfrentada por artistas na Coreia do Sul. Nos últimos anos, diversas mortes de jovens estrelas do K-pop e do K-drama chamaram atenção para questões de saúde mental dentro da indústria.
Casos como o do ator Song Jae-lim, encontrado morto em novembro de 2023 aos 39 anos, e do cantor Moon Bin, do grupo ASTRO, falecido aos 25 anos no ano passado, evidenciam um padrão preocupante.
Outras figuras conhecidas, como Sulli (ex-F(x)) e Kim Jong-hyun (SHINee), também faleceram precocemente em circunstâncias trágicas. Diante desse cenário, agências de entretenimento sul-coreanas têm buscado oferecer suporte psicológico aos seus artistas, incluindo serviços de aconselhamento e horários mais flexíveis.
No entanto, especialistas apontam que a competitividade extrema do meio artístico, aliada ao escrutínio público constante e às rígidas expectativas em relação à aparência e comportamento dos ídolos, ainda impõe desafios significativos.
A morte de Kim Sae-ron reforça a necessidade de ampliar discussões sobre o impacto da fama na saúde mental das celebridades e a importância de oferecer um ambiente mais seguro e acolhedor para aqueles que vivem sob os holofotes.
