Lula não se cala e faz dura crítica a ações dos EUA contra ministros do STF; veja o que ele falou
Presidente divulgou nota neste sábado, dia 19 de julho
A decisão do governo norte-americano de revogar os vistos do ministro Alexandre de Moraes e seus familiares gerou um verdadeiro terremoto político no Brasil. A medida, anunciada pelo secretário de Estado Marco Rubio, provocou intensa repercussão entre autoridades, juristas e na opinião pública.
A medida acabou despertando críticas contundentes sobre a ingerência dos EUA em assuntos internos do Judiciário brasileiro. O gesto foi interpretado como um ataque direto à soberania nacional e tem movimentado os bastidores da diplomacia entre Brasília e Washington.
Em resposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou forte apoio aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente a Moraes, classificando a medida como “arbitrária e sem fundamento”.
Em nota oficial divulgada neste sábado, dia 9 de julho, Lula afirmou que “a interferência de um país no sistema de Justiça de outro é inaceitável” e destacou que nenhuma ameaça externa será capaz de enfraquecer as instituições brasileiras ou o Estado Democrático de Direito.
A justificativa do governo Trump para a medida envolveu acusações de “censura de expressão” por parte de Moraes, referindo-se ao que chamaram de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo Rubio, os atos do ministro extrapolam as fronteiras brasileiras e impactam a liberdade de expressão nos Estados Unidos um argumento que causou ainda mais controvérsia por seu tom ideológico.
Lula não ficou calado diante da pressão americana. Apesar da nota ainda não ficou claro se governo brasileiro tomará alguma medida de retaliação contra a medida visando o ministro Alexandre de Moraes.
Trump, por sua vez, elevou tarifas sobre produtos brasileiros em 50%, alegando que o julgamento de Bolsonaro representa “uma vergonha internacional”.
O embate revela uma escalada preocupante nas tensões Brasil-EUA, colocando em risco não apenas relações diplomáticas, mas também acordos comerciais e tecnológicos importantes.
