Lula manda novo recado para Trump e diz que tomará atitude caso negociações não avancem
O presidente pretende tomar novas atitudes em relação a Trump, já que os seus pedidos não foram prontamente atendidos.
Após uma semana de tensões diplomáticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mandou um recado direto ao seu homólogo americano, Donald Trump, com a fala repercutindo nesta última sexta-feira, dia 31 de outubro.
Lula afirmou que, se as negociações sobre as tarifas comerciais não avançarem até a COP30, ele ligará pessoalmente para o presidente dos EUA e tomará uma atitude. As fontes da declaração são de uma coletiva de imprensa com jornalistas estrangeiros em Belém, no Pará, e nesta situação, Lula buscou se pronunciar.
“Se até o fim da COP30 não houver uma reunião agendada entre meus negociadores e os negociadores de Trump, eu ligo para ele novamente, porque ele tem meu número e eu tenho o dele”, disse Lula, definindo um prazo claro.
Com a notícia de sua postura, o presidente brasileiro mostrou total disposição para resolver a crise, declarando que acredita na conquista de um acordo.
Lula também acrescentou que está “disposto a ir a Washington ou a Nova York” para garantir “a eliminação das tarifas”, para conseguir realizar ‘discussões reais’.
Diante da situação, Lula também usou a coletiva para mandar um segundo recado a Trump, desta vez sobre a tensão militar na Venezuela, declarando que problemas políticos não se resolvem com armas, mas com dialogo.
A coletiva em Belém antecede o evento da COP30, que será realizado na capital paraense em 2026. A fala de Lula, no entanto, coloca a cúpula climática como a data-limite para que os Estados Unidos retirem as sanções comerciais impostas ao Brasil.
No momento, as negociações entre os dois países estão sendo conduzidas por equipes técnicas, mas a fala de Lula eleva o tom e coloca um prazo para que os Estados Unidos respondam às demandas brasileiras de suspensão do “tarifaço”.
