Lula anuncia redução do imposto de alimentos: saiba o que poderá ficar mais barato no supermercado

Lula anunciou uma redução do impsoto de alimento, e especialistas comentam os impactos da medida. Saiba o que poderá ficar mais barato no supermercados.
De forma recente, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que irá reduzir o imposto de importação para produtos que são considerados básicos para a alimentação brasileira.
Esses produtos são arroz, feijão, carne bovina, carne de frango, farinha de trigo, leite em pó, café, açúcar, azeite de oliva, manteiga e banana. A expectativa é que a medida torne esses itens mais baratos, especialmente o azeite, que tem enfrentado escassez global e alta de preços.
Ademais, outras medidas também foram anunciadas, como a flexibilização da fiscalização sanitária pelo período de um ano, o fortalecimento dos estoques reguladores e o estímulo à publicidade de promoções e o foco no Plano Safra para priorizar a produção de itens da cesta básica.
O governo também irá realizar um apelo aos governadores para reduzir o ICMS sobre esses produtos. Diante disso, especialistas comentaram sobre o assunto.
“A produção no Brasil já é muito grande, como café e carnes. Para setores que produzem muito no mercado doméstico, zerar a alíquota de importação é mais uma questão de marketing do que real impacto”, explicou Sérgio Vale, economista-chefe da MC Associados.
Já Juliana Inhasz, economista do Insper, acredita que as medidas podem trazer alívio momentâneo, mas não resolverão problemas estruturais, como a alta do câmbio e a escassez global de oferta.
Rodrigo Santin, da ABPA, e Roberto Perosa, da Abiec, avaliaram positivamente as medidas, destacando que a entrada de importados não ameaça a competitividade dos produtos nacionais. Perosa estimou que o preço da carne bovina pode cair entre 7% e 10% com a redução das tarifas.
Em resumo, as medidas buscam aliviar os preços dos alimentos, mas seu impacto real ainda depende de fatores como a reação do mercado e a adesão dos estados à redução do ICMS.