Identificada querida evangélica que foi morta logo após sair de culto em igreja

Morte foi confirmada neste último domingo, dia 3 de agosto
Em meio à violência que diariamente toma conta das manchetes no Brasil, há sempre aqueles que pagam um preço alto por escolhas que não foram suas. São as chamadas vítimas colaterais, pessoas que, mesmo longe do conflito direto, acabam atingidas por sua força destrutiva.
Foi o que aconteceu com Ana Carla Cristo Chaulet, de 53 anos, uma mulher conhecida por sua fé, generosidade e dedicação à comunidade em Patos de Minas. Ana Carla havia saído de mais um culto na Igreja Batista Betel, onde participava ativamente e dava aulas para crianças.
Ao se despedir de uma amiga na esquina próxima ao templo, foi surpreendida por um tiroteio. Uma bala perdida a atingiu no pescoço. Ela chegou a ser socorrida e ficou internada por mais de dez dias, mas não resistiu aos ferimentos.
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Natural do Rio Grande do Sul, Ana se mudou para Minas em 1990 e construiu uma vida baseada no trabalho, na fé e na solidariedade. Era casada, mãe e atuava com ações sociais, ajudando crianças e famílias em situação de vulnerabilidade.
Segundo sua sobrinha, Eloísa, Ana havia comprado materiais de construção na véspera do ataque, seu plano era iniciar a obra de uma nova igreja no bairro Alto Limoeiro. O tiroteio que tirou a vida de Ana tinha como alvo dois jovens em uma motocicleta, ambos com passagens policiais.
O autor dos disparos foi identificado como um rapaz de 18 anos, que segue foragido. O crime segue sob investigação. O sepultamento de Ana Carla foi marcado por homenagens emocionadas de familiares e fiéis que a admiravam por sua dedicação espiritual e amor ao próximo.
A memória que ela deixa vai além do que se pode medir em palavras ou estatísticas. Enquanto a busca pelo autor continua, a cidade lamenta mais uma perda que poderia ter sido evitada uma ausência sentida por muitos, fruto de um cenário de violência que não escolhe vítimas.