O caso gerou uma onda de revolta e comoção nas redes sociais.
Uma situação de descaso no Cemitério São João Batista, em Miranorte, na região central do Tocantins, deixou uma família abalada e revoltada. Após a morte de uma idosa de 87 anos, os netos precisaram realizar o sepultamento com as próprias mãos sob intensa chuva.
Segundo relatos, o incidente ocorreu devido à ausência do coveiro no momento combinado para o enterro, o que gerou indignação entre os familiares e repercussão nas redes sociais. O velório da idosa teve início às 8h30 de domingo (5), com o sepultamento programado para as 17h.
No entanto, ao chegarem ao local, os familiares encontraram a cova cheia de água por conta da forte chuva e não localizaram o coveiro. A neta Tharwelcy Noleto explicou que, apesar da cova estar previamente aberta, o trabalho de drenagem da água e o enterro foram feitos pela própria família.
A ausência de ferramentas adequadas, como cordas e pás, tornou o momento ainda mais difícil. A espera pelo funcionário durou cerca de meia hora, mas ele não foi encontrado, o que aumentou a angústia e a sensação de desamparo.
Revolta e providências
A situação se agravou quando Ana Gabryele Ferreira Costa, outra neta, relatou problemas com o tamanho inadequado da cova, que já havia sido questionado ao coveiro anteriormente.
Ela detalhou que o funcionário assegurou que tudo estaria em ordem, mas desapareceu após a forte chuva, deixando a família sem apoio. Ana, que cuidou da avó durante o tratamento de câncer, descreveu o momento como um pesadelo, ressaltando que a idosa merecia um enterro digno.
Diante da repercussão, o prefeito Leandro Barbosa (PL) divulgou uma nota pedindo desculpas à família e à comunidade, assegurando que medidas foram tomadas para evitar que situações semelhantes se repitam. Ainda assim, a família pretende buscar justiça e acionar o Ministério Público, em busca de responsabilização pelo ocorrido.
