Desespero de mãe diante da prisão de filho comove as redes sociais: ‘Me perdoa gente, eu não criei meu filho para isso’

Aos prantos a mulher perguntou ao filho se esse era o presente dela para o Dia das Mães.
O cotidiano urbano do Rio de Janeiro, marcado por episódios frequentes de violência, voltou a ser abalado por uma cena dramática envolvendo um assalto a um ônibus e a comoção de uma mãe diante da prisão do próprio filho.
O caso aconteceu na manhã desta quarta-feira (7), na movimentada Avenida Brasil, uma das principais vias da capital fluminense. Dois jovens, Dilson Pimenta Ramos da Silva Costa, de 18 anos, e Marcelo Barbosa de Oliveira, de 19, foram detidos logo após cometerem um assalto a um ônibus, que fazia o trajeto entre Nova Iguaçu, e o Centro do Rio.
O crime foi anunciado quando o coletivo passava pela altura de Parada de Lucas, durante um congestionamento. Armados, os assaltantes obrigaram o motorista a abrir a porta e iniciaram o roubo.
Dentro do ônibus, ao menos 25 passageiros estavam presentes e viveram momentos de terror. Um dos ocupantes chegou a filmar a ação, capturando o clima de pânico e os gritos desesperados de passageiros pedindo que os criminosos se entregassem.
A rápida atuação da Polícia Militar resultou no cerco ao coletivo, e os dois suspeitos foram presos sem troca de tiros. Na abordagem, nove celulares roubados foram recuperados e um revólver foi apreendido com os jovens.
A ação provocou a interdição temporária de um trecho da Avenida Brasil, gerando impacto no trânsito da região. Os suspeitos foram levados para a 38ª Delegacia de Polícia, em Brás de Pina, onde os objetos foram devolvidos às vítimas.
A chegada da mãe de Dilson à delegacia adicionou uma camada de dor e indignação ao caso. Visivelmente abalada, ela chorou ao ver o filho algemado e lamentou a escolha do jovem, dizendo que não o criou para esse tipo de vida.
A mãe do preso durante assalto a um ônibus na Avenida Brasil chorou e pediu desculpas aos passageiros: “Eu não criei um filho pra isso.” #BalançoGeralRJ
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— Tino Junior (@tinojunior) May 7, 2025
Seu desabafo emocionado — feito às vésperas do Dia das Mães — sintetizou a frustração e o sofrimento de muitas famílias que enfrentam o impacto direto da criminalidade sobre seus próprios lares.
O caso evidencia não apenas a gravidade da insegurança nos transportes públicos, mas também o drama social que envolve a juventude em situação de vulnerabilidade.
A presença de jovens envolvidos em ações criminosas, muitas vezes como forma de sobrevivência ou influência de contextos violentos, é um reflexo de problemas estruturais que exigem políticas públicas de inclusão, educação e oportunidades reais de transformação social.