Caso Vitória: Jornal Nacional produziu reportagem sobre confissão do principal suspeito

A polícia enexrga inconsistências no depoimento do suspeito.
O homem que confessou ter assassinado uma jovem e ocultado seu corpo em uma área de mata na cidade de Cajamar, na Grande São Paulo, prestou depoimento à polícia, mas sua versão do crime apresenta contradições que ainda serão analisadas pela perícia.
Ele afirmou que a vítima tentou agredi-lo, o que o levou a atacá-la com uma faca que mantinha no carro. No entanto, laudos periciais indicam detalhes que não coincidem com seu relato.
De acordo com a confissão, ele teria conhecido a jovem cerca de um ano e meio antes do crime e alegou que ela o ameaçava, dizendo que revelaria o envolvimento entre os dois para sua esposa.
No dia do ocorrido, encontrou a vítima enquanto ela caminhava para casa e a convenceu a entrar em seu carro para uma conversa. Durante o diálogo, ao pedir que não mencionasse nada à esposa, segundo seu relato, a jovem teria reagido de forma agressiva, levando-o a atacá-la.
Ele declarou que desferiu dois golpes rápidos com a faca, um no pescoço e outro no peito, resultando na morte quase imediata da vítima. No entanto, o laudo do Instituto Médico Legal apontou três perfurações no corpo, sendo uma no rosto, outra no pescoço e uma terceira no tórax, o que contradiz a versão apresentada.
Após cometer o crime, afirmou que entrou em pânico e dirigiu até sua residência, onde colocou o corpo no porta-malas e pegou uma enxada. Em seguida, dirigiu-se a uma estrada de terra para cavar uma cova e ocultar os restos mortais da vítima. A faca usada foi descartada em um rio próximo, mas ainda não foi localizada pela polícia.
Estarrecedor o interrogatório do Maicol, acusado de matar a jovem Vitória. O Jornal Nacional teve acesso e é impossível não pensar no sofrimento que ela passou. pic.twitter.com/o1wjnVjihI
— Bruno Guzzo® (@BrunoGuzz0) March 18, 2025
Outro ponto de contradição envolve o local onde o corpo foi encontrado. O suspeito declarou que enterrou a jovem em um ponto diferente do que foi identificado posteriormente pelas autoridades, o que levanta dúvidas sobre sua real participação na remoção do corpo.
Os investigadores acreditam que ele possa ter se confundido devido ao estado emocional no momento ou que tenha omitido informações. As autoridades também questionam a alegação de que havia um relacionamento entre os dois.
Até o momento, não há provas concretas que confirmem essa versão. Em contrapartida, as investigações apontam que o suspeito perseguia a jovem há meses, demonstrando uma obsessão por ela.
Além disso, foram encontradas imagens da vítima armazenadas por ele, assim como registros de outras mulheres com características físicas semelhantes. A perícia médica confirmou que a causa da morte foi uma hemorragia decorrente dos ferimentos, sem indícios de tortura ou violência sexual.
A polícia segue analisando os detalhes do caso para esclarecer todas as circunstâncias do crime e concluir o inquérito. Segundo o advogado da família de Vitória não acredita que Maicol agiu sozinho.
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