Caso Vitória: Após reviravolta inesperada, pais da jovem são impedidos de entrar em delegacia e situação gera revolta

Maicol teria confessado a autoria do assassinato.
A Polícia Civil confirmou que Maicol Sales dos Santos confessou o assassinato da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, na madrugada desta terça-feira (18).
Durante uma coletiva de imprensa realizada na sede da Polícia Civil de São Paulo, os delegados Luiz Carlos do Carmo, do Departamento de Polícia da Macro São Paulo (Demacro), e Fábio Lopes Cenachi, responsável pela investigação, afirmaram que o crime foi motivado por vingança, pois o suspeito nutria uma obsessão pela vítima e não aceitava ser rejeitado.
A investigação aponta que Maicol agiu sozinho e possuía o perfil de um stalker com traços psicopáticos. Preso preventivamente desde 8 de março, Maicol teria solicitado a presença da mãe e da esposa na delegacia antes de confessar o crime na frente delas.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) revelou que Vitória foi assassinada com três golpes de faca e que não há indícios de violência sexual. Segundo os investigadores, a adolescente morreu por hemorragia no dia do sequestro, em 26 de fevereiro, dentro do carro do suspeito.
As investigações apontam que Maicol já perseguia Vitória há meses, observando sua rotina e monitorando seus passos pelas redes sociais. O delegado Luiz Carlos do Carmo destacou que indivíduos com esse perfil geralmente agem sozinhos, pois possuem características de narcisismo, egocentrismo e controle extremo, o que os impede de estabelecer lealdade ou colaboração com outros criminosos.
Durante as buscas, os investigadores encontraram uma pá e uma enxada perto do local onde o corpo da jovem foi localizado. Os objetos pertenciam ao padrasto de Maicol, que relatou à polícia que as ferramentas haviam desaparecido de sua casa cerca de 15 dias antes do crime.
Materiais genéticos foram recolhidos nos itens e passam por análise, com os resultados previstos para sair entre 30 e 40 dias. Após a confissão, Maicol foi levado ao IML de Franco da Rocha e poderá participar de uma reconstituição do crime.
Vitória desapareceu na madrugada do dia 27 de fevereiro de 2025, em Cajamar, São Paulo, após sair do trabalho em um shopping local. Antes de perder contato, enviou mensagens para uma amiga relatando que estava sendo seguida por dois homens, mas depois parou de responder.
Sete dias depois, em 5 de março, seu corpo foi encontrado em uma área de mata, com a cabeça raspada e ferimentos de faca no tórax, pescoço e rosto. A prisão preventiva de Maicol ocorreu no dia 8 de março, após a polícia identificar seu carro, um Corolla prata, circulando na região onde o corpo foi encontrado.
Além disso, uma perícia realizada em seu celular revelou que ele visualizou uma postagem da vítima enquanto ela estava no ponto de ônibus, às 0h06 do dia 27 de fevereiro, aproximadamente 20 minutos antes de ela descer no bairro onde morava.
O indício sugere que Maicol pode ter interceptado Vitória no caminho de volta para casa. Outras evidências foram encontradas no aparelho, incluindo diversas fotos da adolescente, imagens de mulheres com aparência semelhante à dela e registros de facas e um revólver.
Os investigadores acreditam que Maicol pode ter utilizado a arma para forçar a jovem a entrar no veículo sem chamar atenção. Com a confissão e o conjunto de provas, a Polícia Civil segue com as investigações para esclarecer os detalhes finais do crime e concluir o inquérito.
Enquanto isso, a família e amigos da vítima aguardam justiça para Vitória Regina. O caso chcocou o Brasil e a sociedade exige uma resposta. Infelizmente casos de feminicídio são rotina no país.
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