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Buscas por Yasmin que estava desaparecida há mais de um ano, têm desfecho triste

O caso segue sob investigação.

A dor da perda, a angústia da espera e o alívio de uma resposta marcaram o fim de um capítulo sombrio na história de uma jovem que, até desaparecer em agosto de 2023, cultivava sonhos simples e uma vida marcada por afeto e dedicação.

Yasmin Belemel de Oliveira, de apenas 18 anos, teve seus restos mortais reconhecidos pela Polícia Civil de Charqueada (SP) na última terça-feira, encerrando uma busca que se arrastava por um ano e meio e mobilizou familiares e conhecidos da zona rural do município.

Yasmin era conhecida no bairro Recreio por sua personalidade espontânea e carismática. Vivia com a mãe e a namorada, mantendo uma convivência familiar harmoniosa.

Trabalhava em uma lanchonete local, mas nutria grandes planos: havia concluído recentemente um curso de manicure e sonhava em construir uma carreira na área da estética, paixão que também refletia em sua própria aparência e pelo qual era elogiada por todos ao redor.

A jovem deixou pais, nove irmãos, sobrinhos e uma comunidade inteira abalada com seu desaparecimento. A confirmação de sua identidade se deu após a Guarda Municipal localizar uma ossada durante o combate a um incêndio em uma área de mata, em setembro de 2024.

O sepultamento está marcado para esta quinta-feira, no Cemitério Municipal de Charqueada, após o velório realizado na véspera. Embora a família sinta algum consolo por finalmente poder se despedir, o sentimento predominante é de revolta e insegurança quanto à responsabilização dos envolvidos.

Um detalhe que chama atenção nas investigações é a proximidade entre os locais onde foram encontrados os corpos de Yasmin e de Victoria Lorrany Coutinho, de 14 anos, cujo corpo foi localizado em abril, a cerca de 300 metros de distância.

A morte de Victoria, segundo a polícia, já foi esclarecida: um acusado foi preso e indiciado por estupro, feminicídio e ocultação de cadáver. No entanto, no caso de Yasmin, ainda pairam dúvidas cruciais.

As autoridades aguardam laudos periciais para determinar a causa e a data da morte, além de apurar as circunstâncias e possíveis conexões com outros crimes. A ausência de respostas definitivas mantém viva a inquietação de uma família que nunca imaginou que o desaparecimento da jovem fosse o prenúncio de uma tragédia.

A cada dia sem justiça, cresce a apreensão quanto à punição dos responsáveis. A esperança agora se volta para o trabalho da polícia e para a possibilidade de que os laudos tragam não só esclarecimentos, mas também um ponto final digno para a história de Yasmin — uma jovem de sonhos interrompidos, mas nunca esquecida.

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