Bolsonaro mostra apoio à líder da ultradireita da França condenada por desvio de verba da União Europeia

Ex-presidente brasileiro sugere que extrema direita esta sendo perseguida.
Nesta segunda-feira (31/03), repercute mundo a fora a condenação de Marine Le Pen. Líder da ultradireita francesa, a política foi condenada por desvio de recursos públicos da União Europeia.
Merine foi julgada pelo tribunal de Paris e foi condenada a 4 anos de prisão, além de perda de direitos políticos por 5 anos. A pena tem repercutido na imprensa internacional, que tenta analisar o cenário atual do país.
A denúncia apontava que Le Pen, quando foi eurodeputada, usou dinheiro da União Europeia para contratar assessores que nunca atuaram em seu gabinete, mas, ao invés disso, serviram ao seu partido, o Rassemblement National (anteriormente conhecido como Front National).
Segundo cálculos da União Europeia, Le Pen conseguiu desviar em torno de 7 milhões de euros. O valor, depois foi corrigido para 3,2 milhões pela Justiça. Le Pen chegou a devolver checa de um milhão de euros aos cofres europeus.
Segundo a sentença, Le Pen deve cumprir metade da pena em regime fechado, mas há a possibilidade do uso de tornozeleira. Curiosamente, a condenação não leva a perda automática de seu mandato na Assembleia Nacional francesa, como deputada.
Le Pen vinha sendo apontada como o principal nome para as eleições de 2027. Em várias pesquisas do país, a deputada aparece como líder em intenção de votos para o cargo de presidente. O seu partido ocupa o maior número de cadeiras no parlamento da França.
Como no Brasil, lideranças da extrema direita tem acusado a Justiça francesa de perseguir políticos de direita. O presidente do partido de Le Pen, Jordan Bardella, escreveu que “a democracia francesa foi executada”.
No Brasil, Bolsonaro fez questão de demostrar apoio à deputada. “Estamos ao seu lado, Madame Le Pen. Viva a liberdade! Viva a França! Viva o Brasil”, escreveu Bolsonaro, em francês.
“A ascensão da direita é uma realidade em todo o mundo. A esquerda na França, assim como no Brasil, está escolhendo o caminho do lawfare, do ativismo judicial, para evencer eleições sem uma oposição real”, disse Bolsonaro.