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Bebê é enterrado vivo pelos próprios pais; polícia expõe a motivação do crime

O caso que chocou a comunidade local segue sob investigação.

Em comunidades onde inseguranças econômicas e pressões sobre o tamanho das famílias se sobrepõem a fragilidades sociais, decisões extremas podem surgir de forma repentina e chocante.

Situações em que pais, temendo perdas profissionais ou retaliações administrativas, optam por esconder ou abandonar recém-nascidos apontam para lacunas em políticas de proteção, apoio à maternidade e acesso a serviços de planejamento familiar.

O episódio recente vivido na vila de Nandanwandi, em Chindwara, traz à tona esse cruzamento entre medo e desamparo: um bebê nos primeiros dias de vida foi deixado em uma área de pedra em meio a uma floresta, até ser notado por um morador que acionou as autoridades.

A pronta intervenção permitiu que a criança fosse retirada do local e encaminhada para atendimento médico. Autoridades locais informaram que o casal, ambos professores do ensino primário, foi detido após admitir o ato.

Identificados pelas iniciais Bablu Dandoliya e Rajkumari Dandoliya, trabalhavam em uma escola pública desde 2009 e já eram pais de três outras crianças. O caso deixou a comunidade local em choque.

Eles justificaram o procedimento como motivado pelo receio de sofrerem suspensão ou perda dos cargos em razão do nascimento de um quarto filho, segundo consta no registro policial.

A criança, encontrada viva, recebeu cuidados iniciais num centro de saúde e depois foi transferida ao Hospital Distrital para tratamento especializado. A polícia abriu um inquérito e formalizou a prisão do casal, que permanece sob investigação enquanto as medidas legais seguem seu curso.

As circunstâncias relatadas pelas autoridades incluem o reconhecimento do ato pelos envolvidos e o encaminhamento do caso às instâncias competentes para apuração e responsabilização.

Mais do que a repercussão criminal, o caso evidencia a urgência de reforçar redes de prevenção: garantir proteção trabalhista a gestantes e famílias, ampliar o acesso a serviços de saúde reprodutiva e a aconselhamento, e fortalecer canais comunitários de denúncia e apoio.

Também é imprescindível oferecer suporte psicológico e social às demais crianças envolvidas, além de medidas que evitem que o temor por consequências laborais leve responsáveis a tomadas de risco que coloquem vidas em perigo.

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