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Avô das meninas que morreram em tombamento de ônibus desabafa: ‘Não vou suportar’

Em mais um episódio trágico envolvendo o transporte rodoviário de passageiros no Brasil, uma família de Trindade, na Região Metropolitana de Goiás, enfrenta a dor da perda de duas crianças pequenas em um acidente que comoveu o país.

A insegurança nas estradas, aliada à fragilidade das condições de transporte, expôs novamente o drama de quem busca apenas se deslocar entre cidades, mas acaba surpreendido por acontecimentos fatais.

Na madrugada de terça-feira, um ônibus da empresa Real Expresso, que seguia de Anápolis com destino a São Paulo, tombou no quilômetro 134 da rodovia MG-223, entre Araguari e Tupaciguara, no Triângulo Mineiro.

O acidente deixou um saldo de 11 mortos e mais de 30 feridos. Entre as vítimas fatais estavam Lorena e Laura Costa de Negreiros, de 2 e 6 anos, respectivamente. Elas viajavam com a mãe e o irmão caçula de seis meses para visitar a avó materna. O pai das meninas ficou em Goiás.

O avô das crianças revelou que a liberação dos corpos já foi autorizada, mas a família aguarda a melhora da mãe das vítimas, que sofreu fraturas no braço e clavícula e está hospitalizada em Araguari. O bebê, apesar de estar no mesmo veículo, não teve ferimentos graves e permanece em observação.

“Eu nem vi o corpo, eu não aguento. Eu não vou suportar a situação”, lamentou Gutemberg de Negreiros, avô das meninas. Ainda segundo ele, o filho teria relatado que os corpos das netas ficaram destruídos.

Segundo o relato de testemunhas e informações da Polícia Militar Rodoviária, o acidente ocorreu após o motorista perder o controle do veículo no entroncamento de duas vias.

Apesar da gravidade, o condutor saiu ileso. As vítimas feridas foram levadas para unidades de saúde em Araguari e também para o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia.

A empresa responsável pelo transporte afirmou estar colaborando com as investigações para apurar as causas do acidente. Enquanto isso, famílias como a dos Negreiros enfrentam um luto difícil, buscando forças em meio ao trauma para seguir diante de uma realidade profundamente alterada por uma tragédia evitável.

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