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Morre querida atriz e cantora considerada grande nome da música brasileira

Famosa trabalhou ao lado de importantes artistas do país.

A música brasileira se despede de uma de suas vozes mais expressivas. Maricenne Costa, cantora e atriz que marcou a história da bossa nova paulista, faleceu no sábado, 18 de janeiro, aos 89 anos.

A artista, que nos últimos anos enfrentava a doença de Alzheimer, teve seu falecimento confirmado por sua irmã Elisabeth Sene Costa, sendo velada em São Caetano do Sul, São Paulo. Maria Ignez Senne Costa, seu nome de batismo, iniciou sua jornada musical ainda jovem, acompanhando sua mãe ao piano em sua cidade natal, Cruzeiro, interior de São Paulo.

Sua ascensão no cenário musical brasileiro começou em 1958, quando conquistou o prestigioso concurso “A voz de ouro do Brasil”, promovido pela TV Tupi, lançando no mesmo ano seu primeiro single com as canções “Quem sou eu” e “O amor morre no olhar”.

Sua voz única e marcante chamou a atenção de grandes nomes da música brasileira, incluindo João Gilberto, que em 1962 declarou admirado: “Sua voz tem cores, Maricenne. Não cale nunca essa voz colorida”.

Esta característica singular de sua interpretação a tornaria uma das vozes mais distintivas da bossa nova paulista. Em sua trajetória, Maricenne teve o privilégio de ser a primeira intérprete a gravar uma composição de Chico Buarque em disco.

Em 1964, ela registrou “Marcha para um dia de sol”, contribuindo para o início da carreira do compositor que se tornaria um dos maiores nomes da música popular brasileira. Sua carreira internacional a levou a representar a bossa nova em terras estrangeiras, realizando apresentações memoráveis nos Estados Unidos

Versátil em sua arte, Maricenne dividiu seu talento entre a música e o teatro, convivendo com importantes nomes das artes cênicas como Sebastião Milaré, Myriam Muniz, Ricardo Blat e Marcos Caruso. Esta dualidade artística, embora tenha possivelmente impactado sua popularidade mainstream, enriqueceu sua expressão artística de maneira única.

Em sua discografia, destacam-se trabalhos que demonstram sua versatilidade musical, como o álbum “Correntes Alternadas” de 1992, que surpreendeu ao incorporar elementos do punk, e “Como tem passado!!” de 1999.

Seu último registro fonográfico, “Bossa.SP”, lançado em 2009, foi um retorno às suas origens musicais, celebrando a bossa nova paulistana que tanto marcou sua carreira.  Em 2022, sua história foi imortalizada no livro “Maricenne Costa – A cantora da voz colorida”, escrito por sua irmã Elisabeth

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