Alexandre de Moraes está sendo processado por empresa de Trump, veja se este caso tem relação com Bolsonaro

O caso ganhou uma enorme repercussão nas redes sociais.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou-se alvo de uma ação judicial nos Estados Unidos nesta quarta-feira. A ação, movida pelas empresas Trump Media & Technology Group, controlada pelo ex-presidente americano Donald Trump, e pela plataforma de vídeos Rumble.
A alegação afirma que o magistrado violou a soberania americana ao determinar a remoção de contas de influenciadores de direita brasileiros da rede social. Segundo o The New York Times, a acusação baseia-se na suposta violação da Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege a liberdade de expressão.
As empresas argumentam que a decisão do ministro descumpre a legislação americana ao restringir discursos políticos que circulam no país. O CEO do Rumble, o empresário canadense Chris Pavlovski, reagiu à medida com uma publicação no X, afirmando que não cumprirá as decisões judiciais do ministro e declarou que o embate será resolvido nos tribunais.
O Supremo Tribunal Federal, procurado pela imprensa brasileira, optou por não se manifestar sobre o caso. Embora a Trump Media, responsável pela administração da rede social Truth Social, não tenha sido diretamente impactada pela decisão de Moraes.
A empresa alega que sua operação pode ser prejudicada caso o Rumble sofra restrições, já que ambas as plataformas utilizam tecnologias semelhantes. O processo foi registrado na Justiça Federal de Tampa, na Flórida, e deve seguir os trâmites da legislação americana.
A atuação de Moraes no combate à desinformação e ao discurso de ódio tem gerado críticas entre aliados de Trump, especialmente desde a suspensão temporária do X no Brasil no ano passado.
A plataforma, de propriedade do bilionário Elon Musk, ficou bloqueada no país por 39 dias após descumprir decisões judiciais que determinavam a remoção de determinados conteúdos e a nomeação de um representante legal no Brasil.
Para reverter a situação, o ministro exigiu o pagamento de R$ 18 milhões em multas acumuladas, além da nomeação de um responsável pela empresa no território nacional. O desbloqueio ocorreu após a empresa atender às condições estabelecidas pelo STF.
O Rumble, criado em 2013, tem se posicionado como uma alternativa às grandes redes sociais, apresentando-se como uma plataforma resistente à “cultura do cancelamento”.
Influenciadores brasileiros como Monark e Allan dos Santos, que tiveram perfis banidos de outras plataformas por ordem da Justiça brasileira, encontram no Rumble um espaço para continuar suas publicações.
Fora do Brasil desde 2023, a empresa anunciou recentemente que retomará suas operações no país, o que pode ampliar ainda mais a disputa judicial envolvendo a decisão do ministro Moraes. Vale ressaltar que este caso não tem nada a ver com a Bolsonaro.