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SSP afirma que policial tinha arma de choque disponível em abordagem que matou estudante de medicina

Ação dos policiais vem sendo questionada.

Na última quinta-feira (21/11), uma reportagem do O Globo ouviu análises de especialistas sobre a ação da polícia na abordagem que resultou na morte do estudante Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos.

Marco foi baleado a queima-roupa, na madrugada da quarta-feira (20/11), depois de ser perseguido por dois PMs. O motivo da perseguição foi um tapa dado pelo rapaz no retrovisor da viatura em que estavam os agentes.

Segundo analistas ouvidos pela reportagem, o vídeo que mostra o disparo contra o rapaz demostra uma ação inapropriada da PM. Os agentes agiram com uso excessivo da força, segundo as análises.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) se manifestou sobre o caso e informou que toda a ação dos policiais esta sendo apurada. Um detalhe do comunicado da SSP chama ainda mais atenção, já que confirma que os agentes tinham uma arma de choque a disposição.

A arma é o que se chama de “não letal” e deve ser usada para conter suspeitos, sem oferecer risco contra a vida. No entanto, os dois PMs demostraram uma ação alheia aos próprios protocolos da PM.

“As imagens são claras. Mostram os policiais cometendo uma série de erros. Não adotaram os procedimentos operacionais do uso gradativo da força (…) Tinham à disposição também spray de pimenta, taser, mas foram para o equipamento mais letal“, analisou Claudio Silva, ouvidor das policiais de SP.

No boletim de de ocorrência, os policiais relatam que o estudante teria tentado tomar a arma de um deles. No entanto, a versão é contestada pelas imagens das câmeras de segurança do hotel, onde o disparo aconteceu.

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