Eles entregavam concreto para as famílias ao invés das cinzas.
No Colorado, os proprietários de uma funerária se assumiram culpados por abuso de cadáveres após simularem cremações e manterem 190 corpos em um quarto sem refrigeração apropriada. O caso tem gerado repercussão na mídia internacional.
Jon e Carie Hallford, proprietários da Return to Nature Funeral Home, forneciam concreto seco às famílias das vítimas fatais em vez de cinzas. O delito foi descoberto em 2023, no entanto, o julgamento da dupla ocorreu na sexta-feira (22).
O mau cheiro levou os vizinhos a suspeitar do casal e chamar a polícia. Após a denúncia, 190 corpos em estágio avançado de decomposição foram localizados em um edifício em Colorado Springs.
A maior parte dos corpos foi identificada através de DNA devido ao estágio avançado de decomposição. Alguns estavam infestados por insetos e o ambiente foi classificado como insalubre devido à acumulação de gases de decomposição no local.
O casal admitiu culpa por ter recebido US$ 900 mil (cerca de R$ 5,2 milhões) para serviços de funeral que não foram executados. Parte do dinheiro vinha das famílias das vítimas e outra parcela dos fundos destinados ao auxílio durante a pandemia de covid-19.
Os pagamentos repassados pelas famílias enlutadas das vítimas foi utilizado para comprar uma máquina de lipo HD, veículos, além de passagens com destino a Las Vegas e Califórnia. Segundo a polícia, os donos da funerária também realizaram uma operação no valor de US$ 31 mil (equivalente a R$ 179 mil) para comprar criptomoedas.
A previsão é de que a sentença seja indicada ao casal somente no ano de 2025. De acordo com o canal CBS News, espera-se que a decisão federal seja anunciada no mês de março do ano que vem e a estadual em 18 de abril.
