Identificada a renomada política morta pelo próprio filho de 14 anos

O caso deixou a comunidade local em choque.
Em um episódio que chocou a pequena comunidade de Vagueira, no concelho de Vagos, um caso doméstico terminou com a morte de uma representante local e levantou questionamentos amplos sobre segurança familiar e acesso a armas de fogo.
Incidentes envolvendo familiares e armas normalmente geram repercussão desproporcional pela proximidade das vítimas e pela velocidade com que a rotina é interrompida; estatísticas internacionais mostram que a presença de armamento doméstico aumenta o risco de desfechos fatais em conflitos íntimos.
Aos 49 anos, a vereadora Susana Gravato foi atingida por um disparo no interior da sua habitação na tarde de terça‑feira (21). A investigação conduzida pelo Departamento de Investigação Criminal de Aveiro, da Polícia Judiciária, aponta o filho adolescente, de 14 anos, como suspeito de homicídio qualificado.
As diligências realizadas no local recolheram vestígios considerados relevantes ao inquérito, e a arma utilizada, que pertencia ao pai do menor, foi apreendida pelas autoridades.
O corpo da autarca foi encontrado pelo marido já em paragem cardiorrespiratória; socorro imediato foi acionado, mas a vítima não resistiu aos ferimentos. O jovem foi detido e será submetido ao primeiro interrogatório judicial, conforme os trâmites da Comarca de Aveiro.
Elementos sobre a motivação e a cronologia exata dos acontecimentos ainda estão a ser apurados pela Polícia Judiciária, que concentrou esforços em estabelecer a dinâmica do episódio e possíveis antecedentes.
Nascida a 8 de março de 1976, Susana residia na Gafanha da Vagueira desde a infância e era jurista de formação, exercendo agora o segundo mandato na vereação municipal. A notícia rapidamente mobilizou colegas e conhecidos, que lembraram o percurso público e profissional da dirigente.
O ocorrido reacende debates sobre prevenção: a necessidade de armazenamento seguro de armas, a vigilância sobre o bem‑estar psicológico de menores e o reforço de serviços de apoio às famílias.
Enquanto as autoridades concluem os exames periciais e os laudos que subsidiarão o processo, a comunidade aguarda esclarecimentos e reflete sobre medidas que possam reduzir a probabilidade de episódios semelhantes no futuro.




