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Revelado o último pedido da mãe m0rta pelo filho pequeno antes de mo…Ver mais

Um dos episódios mais trágicos e impactantes registrados recentemente em São Paulo ganhou um novo e doloroso desdobramento. O crime ocorreu na noite de quinta-feira, 25 de setembro, no bairro de Parelheiros, na zona sul da capital paulista. Um vizinho, que preferiu não se identificar, contou à polícia que presenciou parte da cena e confirmou que a mãe, mesmo sangrando e em estado grave, ainda tentou demonstrar amor e acolhimento ao filho.

Essa despedida, carregada de dor e ternura, foi registrada antes de Caline ser socorrida por outro vizinho, que a levou ao pronto-socorro, onde infelizmente não resistiu.

Após o crime em que um menino de apenas nove anos tirou a vida da própria mãe, um relato comovente veio à tona neste último final de semana.

Segundo uma testemunha, as últimas palavras da vítima, Caline Arruda dos Santos, de 37 anos, foram dirigidas ao filho: “Venha aqui me dar um último abraço, porque não irei sobreviver”. A frase, segundo relatos, foi pronunciada momentos após o golpe fatal.

A reconstrução da tragédia mostra que tudo teria começado de maneira aparentemente banal.

Durante a tarde, Caline pediu ao filho que encerrasse uma brincadeira na rua. Mais tarde, já em casa, ela afirmou que iria contar a um parente sobre o comportamento “respondão” do menino. Esse aviso teria provocado a reação desmedida da criança. Revoltado, ele foi até a cozinha, pegou uma faca e escondeu o objeto na manga da blusa.

Na sequência, diante do irmão mais velho, de 19 anos, desferiu um único golpe contra a mãe, atingindo-lhe o abdômen.

A idade do autor, por si só, torna o caso ainda mais delicado. Pela legislação brasileira, menores de 12 anos não podem ser responsabilizados criminalmente, sendo apenas submetidos a medidas de proteção previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.

Por esse motivo, o menino não pode ser processado. Atualmente, está sob os cuidados de uma prima da vítima, que relatou a dificuldade dele em compreender o ocorrido. “A ficha ainda não caiu. Ele só sabe que a mãe morreu porque outro menino contou isso a ele”, afirmou a parente.

A Polícia Civil registrou a ocorrência como ato infracional análogo a homicídio.

O inquérito segue em andamento para esclarecer a dinâmica familiar e investigar se havia sinais prévios de conflitos ou problemas emocionais que poderiam ter antecedido a tragédia. Especialistas ouvidos por veículos de imprensa destacam que casos como esse exigem acompanhamento psicológico imediato e aprofundado, não apenas para a criança envolvida, mas também para toda a família afetada.

O episódio gerou forte comoção em Parelheiros. A morte de Caline, comerciante conhecida na comunidade, trouxe à tona reflexões sobre saúde mental infantil, prevenção da violência e a necessidade de políticas públicas voltadas ao cuidado com menores em situação de vulnerabilidade.

Para os moradores da região, permanece a perplexidade diante da pergunta mais difícil: como um desentendimento tão comum dentro de uma casa pôde terminar em tamanha tragédia?

Entre a dor, o luto e a indignação, a memória das últimas palavras de Caline ecoa como um símbolo de amor materno e, ao mesmo tempo, como um apelo para que episódios semelhantes não voltem a acontecer.

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