Após casos de mortes por bebidas, ministro da Saúde faz alerta: ‘Não bebam h…Ver mais

Na última quarta-feira, 1º de outubro, o Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez um alerta nacional após a grave crise causada pelo consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol em São Paulo. O caso já resultou em internações e mortes, provocando preocupação em todo o país.
Em sua fala, Padilha destacou os principais sintomas de intoxicação e reforçou que a população deve procurar atendimento médico imediato diante de qualquer suspeita, evitando tratamentos caseiros ou improvisados. Segundo ele, reconhecer os sinais precocemente pode ser determinante para salvar vidas.
O ministro enfatizou a importância de diferenciar os sintomas de uma ressaca comum dos indícios de intoxicação por metanol. “É uma dor muito diferente, porque é uma dor em cólica”, explicou. “Não é queimação, não é azia. A dor em cólica é algo que chama muito a atenção nesses casos”, reforçou Padilha, apontando que a confusão entre os sintomas pode atrasar a busca por socorro médico.
Essa distinção é crucial para que as pessoas não subestimem o risco, acreditando se tratar apenas de efeitos normais do consumo de álcool.
Entre as consequências mais devastadoras do envenenamento pelo metanol, o ministro chamou atenção para os danos à visão. Ele explicou que, em muitos casos, os primeiros sinais aparecem na forma de alterações visuais.
“As pessoas começam a perceber algum tipo de mudança, como flashes de luzes, visão turva ou até manchas. Há até mesmo o risco de perda total da visão”, alertou. Segundo especialistas, a ação tóxica do metanol pode causar lesões irreversíveis no nervo óptico, o que aumenta ainda mais a gravidade do problema.
Padilha ressaltou ainda que não existe solução milagrosa para esse tipo de intoxicação. Nenhum remédio caseiro é capaz de neutralizar os efeitos do metanol, e atrasar a ida ao hospital pode custar vidas. “Não tentem resolver em casa. A única medida eficaz é procurar atendimento médico imediatamente”, afirmou o ministro.
Essa orientação ganha força diante do aumento no número de casos. Nos últimos 25 dias, 10 pessoas já foram diagnosticadas com intoxicação por metanol em São Paulo, sendo que pelo menos três delas não resistiram.
A Polícia Civil de São Paulo conduz investigações para desmantelar uma rede criminosa responsável por adulterar bebidas alcoólicas, como gin e vodca, com a substância tóxica.
De acordo com os investigadores, a prática conhecida como “batizar” as bebidas visava aumentar os lucros de forma ilícita, mas colocou dezenas de consumidores em risco. O alerta do Ministério da Saúde é direcionado a toda a população brasileira, que deve redobrar a atenção e evitar a ingestão de bebidas de procedência duvidosa ou adquiridas em locais sem fiscalização adequada.
Especialistas reforçam que, além da atenção à procedência das bebidas, é fundamental conhecer os sinais de alerta que costumam surgir após a ingestão de álcool contaminado. Entre eles estão dor abdominal intensa em cólica, visão turva, flashes de luz, náuseas, vômitos e, em casos mais graves, dificuldade para respirar e perda de consciência.
A tragédia em São Paulo serve como um alerta para o país inteiro sobre os perigos do consumo irresponsável e da falta de fiscalização. Mais do que nunca, a prevenção e a informação se tornam aliadas fundamentais para evitar novas vítimas.