Motorista de ambulância faz descoberta devastadora durante atendimento de grave ocorrência no PR

Ocorrência foi um grave acidente de carro
Algumas profissões, apesar de fundamentais, colocam seus profissionais diante de experiências emocionalmente devastadoras. Médicos, policiais, bombeiros e socorristas precisam lidar com situações de dor alheia, mas em certos momentos a linha entre trabalho e vida pessoal desaparece e a missão de salvar vidas se transforma em um choque pessoal difícil de suportar.
Foi exatamente isso que aconteceu com José Fernando Lamounier, de 43 anos, motorista de ambulância no norte do Paraná. Na noite de sexta, dia 26 de setembro, ele foi acionado de última hora para atender um chamado na PR-170, em Borrazópolis.
Ao chegar ao local, encontrou um carro capotado em um barranco. A vítima, arremessada para fora do veículo, estava caída de bruços e com um capuz cobrindo parte do rosto. Somente ao retirar a touca, Fernando teve a dolorosa descoberta: o homem sem vida era seu primo, Edwilson Fernandes Spósito, de 32 anos.
Conhecido entre familiares como “Edinho”, o jovem voltava para casa após o trabalho em um entreposto de cooperativa em Cruzmaltina. Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, ele seguia em direção a Borrazópolis quando perdeu o controle do carro e capotou.
As circunstâncias do acidente ainda não foram esclarecidas, e a Polícia Científica foi acionada para investigar. Mesmo acostumado a lidar com emergências, Fernando revelou que o impacto de ver um ente querido naquela condição foi insuportável.
“A gente nunca está preparado para isso. Na hora, fiquei sem chão. Era um primo muito próximo, uma pessoa de coração enorme”, desabafou. Edwilson deixou esposa, que também é prima de Fernando, e um filho de apenas três anos.
O sepultamento aconteceu no domingo, dia 28 de setembro, no cemitério municipal de Ivaiporã. O primo-socorrista, abalado, destacou que além da dor pessoal, precisou reunir forças para ajudar a família a enfrentar a perda: “Nessas horas, a gente tem que ser forte não só por nós, mas por quem ficou”.