Caçada de mais de três meses a homem que matou as três filhas chega ao fim

Confirmação foi feita após exame de DNA.
A longa busca que mobilizou forças policiais americanas durante mais de três meses chegou ao fim com uma revelação inesperada. Travis Decker, ex-militar de 32 anos acusado de tirar a vida das próprias filhas no estado de Washington, foi oficialmente identificado após exames de DNA confirmarem que os restos mortais encontrados recentemente eram dele.
O caso comoveu o país pela crueldade e pela forma como Decker conseguiu despistar autoridades por tanto tempo. De acordo com as investigações, as meninas Paityn, de 9 anos, Evelyn, de 8, e Olivia, de apenas 5, haviam desaparecido em 30 de maio, após uma visita de custódia.
No início de junho, os corpos foram encontrados no acampamento Rock Island, local onde Decker morava dentro de um carro. A polícia revelou que as crianças foram asfixiadas com sacos plásticos, o que chocou ainda mais a opinião pública.
A caçada envolveu equipes locais, estaduais e até agentes do FBI. Pelo histórico militar, Travis era considerado um homem preparado para sobreviver em ambientes hostis, o que alimentava a suspeita de que poderia ter se refugiado em áreas remotas, possivelmente até no Canadá.
Diversos relatos de avistamentos circularam durante as buscas, mas nenhum se confirmou. Na semana passada, restos mortais foram encontrados em uma área próxima ao acampamento, levantando a possibilidade de que ele tivesse morrido meses antes.
Inicialmente, autoridades federais chegaram a anunciar a confirmação do óbito, mas o condado de Chelan pediu cautela e solicitou análises adicionais. A incerteza deu espaço até para teorias da conspiração em redes sociais, que sugeriam que o fugitivo teria enganado a polícia ao colocar suas roupas em outro corpo.
Com o resultado final do DNA, a polícia apresentou um pedido formal de desculpas à mãe das crianças, Whitney, reconhecendo a dor prolongada causada pelo tempo de incerteza. A causa da morte de Decker, no entanto, ainda não foi divulgada.
O caso, que expôs fragilidades no sistema de proteção familiar e gerou debates sobre visitas supervisionadas, encerra-se oficialmente agora, mas continua a levantar reflexões sobre segurança, justiça e responsabilidade parental.