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A morte brutal de um cavalo, que teve as patas decepadas no último fim de semana em Bananal, interior de São Paulo, segue sendo investigada pela Polícia Civil. O episódio, que gerou comoção nacional, continua a mobilizar autoridades, ativistas da causa animal e a opinião pública. A grande dúvida a ser respondida pela nova perícia marcada para esta quarta-feira, 20 de agosto, é: o animal já estava morto quando foi mutilado ou sofreu os golpes ainda com vida?

O caso veio à tona após denúncias de moradores da região, e rapidamente ultrapassou as fronteiras do município, repercutindo em todo o Brasil. O cavalo morreu em circunstâncias ainda nebulosas e foi encontrado em uma vala, em área de difícil acesso. Para especialistas e defensores dos direitos dos animais, a gravidade da violência aponta para um crime de extrema crueldade.

A comoção pública tem sido tamanha que autoridades estaduais passaram a acompanhar os desdobramentos de perto. A Polícia Civil de São José dos Campos enviou agentes especializados para apoiar os trabalhos em Bananal, junto a veterinários peritos.

O principal investigado é Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, tutor do cavalo. Em depoimento, ele confessou ter sido o autor da mutilação, mas alegou que isso ocorreu somente após a morte do animal.

“O autor disse que o cavalo já estava morto. Que o animal não conseguiu subir uma ladeira, morreu e que, depois da morte, ele decepou as partes do cavalo”, explicou o delegado Rubens Luiz Fonseca Melo, responsável pelo caso.

A versão apresentada, no entanto, não convenceu totalmente os investigadores. A suspeita é de que o cavalo possa ter sido submetido a cortes enquanto ainda respirava.

“A gente está tentando descobrir se os ferimentos realmente foram causados após ou antes da morte do animal. Todavia os maus-tratos já estão aí porque, se o animal morreu de cansaço, já houve maus-tratos. Mas é importante saber se ele já estava morto ou não”, destacou Melo.

O esforço extremo que pode ter causado o colapso

De acordo com a investigação, o cavalo percorreu aproximadamente 14 quilômetros em terreno íngreme, durante uma cavalgada que antecedeu sua morte. Esse esforço excessivo pode ter levado o animal ao esgotamento físico e à morte, configurando maus-tratos mesmo antes da mutilação.

Ainda segundo a polícia, após o crime, Andrey contou com a ajuda de um amigo da família para retirar o corpo da estrada. O animal foi amarrado por uma corda e arrastado por cerca de 760 metros por um carro, até ser jogado em uma vala. A brutalidade do ato intensificou a revolta social e o clamor por justiça.

Primeira perícia aponta sinais de violência além da mutilação

A primeira análise pericial, realizada na terça-feira, enfrentou dificuldades devido ao difícil acesso ao local onde o cavalo foi encontrado. Apesar das limitações, a veterinária responsável conseguiu observar indícios de outros ferimentos de faca, além da mutilação das patas.

“Parece que há ferimentos de faca no cavalo, além das patas, mas essa é a nossa dúvida: se foram causados em vida ou já em óbito”, afirmou o delegado Melo.

Esse detalhe aumenta a complexidade do caso e torna ainda mais urgente a realização de uma perícia mais aprofundada.

Nova perícia será decisiva para definir responsabilidades
Nesta quarta-feira, uma equipe composta por veterinários especializados e peritos criminais dará continuidade às análises. O objetivo é claro: determinar o momento exato em que o cavalo sofreu as mutilações e esclarecer se os cortes foram infligidos antes ou depois da morte.

A médica veterinária Luana Tavares Chaves, que participa da investigação, destacou a importância do trabalho técnico.

“Só o médico veterinário consegue fazer uma avaliação técnica. Vamos analisar o animal antes de realizar a necropsia, e então fazer a necropsia para entender o que aconteceu de fato”, explicou.

Casos como este levantam discussões urgentes sobre a necessidade de endurecimento das leis de proteção animal no Brasil. A repercussão nacional mostra que a sociedade já não tolera atos de crueldade e exige responsabilização rigorosa.

O desfecho da investigação em Bananal pode se tornar um marco importante não apenas para punir os responsáveis, mas também para abrir caminho a mudanças legislativas que reforcem a proteção aos animais e combatam impunidade em crimes de maus-tratos.

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