Jovem é morta após dizer rejeitar traficante no Rio

O caso segue sob investigação.
Em meio à rotina das comunidades da Zona Oeste do Rio, onde a vida cultural se mistura com os desafios cotidianos, uma jovem sonhadora viu sua trajetória interrompida de forma inesperada.
Sther Barroso dos Santos foi vista em um baile funk na comunidade da Coreia, em Senador Camará, pouco antes de sua morte, fato que comoveu moradores e acendeu discussões sobre os riscos enfrentados por jovens em áreas marcadas por disputas de poder e influência.
A família de Sther afirma que ela perdeu a vida após um episódio ocorrido poucas horas depois do evento, relacionado à recusa em acompanhar um homem identificado como figura de liderança local.
O corpo da jovem teria sido deixado na porta da casa da mãe, o que causou profunda consternação entre parentes e vizinhos. A irmã de Sther, bastante abalada, compartilhou desabafos nas redes sociais, expressando o impacto da perda e a dor de não ter conseguido protegê-la.
A jovem, que será sepultada no cemitério de Ricardo de Albuquerque, havia registrado planos para o futuro, incluindo concluir os estudos, cuidar da saúde, iniciar cursos profissionalizantes e ter um animal de estimação.
Sonhos simples, mas carregados de esperança e desejo de transformação pessoal, agora lembrados por amigos e familiares como símbolo do que foi interrompido. Para assistir ao vídeo CLIQUE AQUI!
Segundo informações da polícia, a investigação está em andamento, e uma das linhas considera a possibilidade de que a recusa de Sther tenha motivado o ato. O principal suspeito é apontado como integrante de uma facção que atua tanto na comunidade onde ocorreu o fato quanto em outras áreas da cidade.
No primeiro semestre deste ano, o estado do Rio de Janeiro já contabilizou 49 casos de feminicídio, de acordo com o Instituto de Segurança Pública. Diante desses números, a necessidade de políticas públicas que garantam proteção e oportunidades a mulheres em contextos vulneráveis torna-se cada vez mais urgente.