TRE-MG acata denúncia contra Nikolas Ferreira e deputado por se tornar inelegível
Caso diz respeito a disputas municipais de Belo Horizonte.
Nesta sexta-feira (25/07), a Justiça Eleitoral de Minas Gerais acolheu uma denúncia que pode complicar a vida do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Além dele, outros dois parlamentares também são citados.
Além de Nikolas, os outros dois denunciados são deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) e a deputada estadual Delegada Sheila (PL-MG). Cláudia Araújo Romualdo, presidente do PL-Mulher em Minas Gerais, também esta entre os denunciados.
O processo, que diz respeito a ações deliberadas dos acusados durante as eleições municipais. Fuad Noman (PSD-MG), que tentava a reeleição em Belo Horizonte, teria sido alvo de uma campanha difamatória orquestrada pelos citados.
A intenção dos acusados, ainda de acordo com o processo, era beneficiar Bruno Engler, que era apontado como um dos principais oponentes de Noman. No fim, o prefeito acabou se reelegendo – Noman faleceu, em março deste ano, vítima de câncer.
Segundo o Ministério Público, Nikolas e os demais acusados teriam mentido para associar a imagem de Noman a pornografia. O então prefeito de Belo Horizonte, e candidato a reeleição, foi autor de um livro chamado “cobiça”.
Lançado em 2020, o livro trazia trechos polêmicos, em especial um trecho narrando o abuso de uma criança de 12 anos. No texto, a cena é descrita de forma explícita. Durante as eleições, Nikolas e os demais citados usaram do livro para atacar Noman.
Para o Ministério Público, Nikolas agiu “de forma leviana e injusta”. O órgão também cita a atitude de Nikolas no ano passado, quando foi condenado pela Justiça a excluir o video de suas redes sociais.
Além de não ter apagado o vídeo, Nikolas voltou a fazer acusações. Agora, o deputado usou da mesma estratégia. No twitter (X), Nikolas se defendeu das acusações e voltou a reforçar suas afirmações.
“Estão querendo me deixar inelegível porque denunciei um livro pornográfico do antigo prefeito de Belo Horizonte. Uai, não posso falar e denunciar mais, não? É muita coincidência que só parlamentares de direita são perseguidos neste país”, escreveu.
