Denúncias contra padre surgiram em 2021
Notícias sobre crimes envolvendo figuras religiosas frequentemente despertam grande interesse e geram debates intensos na sociedade, especialmente quando a gravidade das acusações choca a comunidade.
O caso de um padre mineiro, que recentemente foi condenado a mais de 40 anos de prisão por assédio sexual, é um exemplo claro de como esses episódios podem abalar a confiança pública em instituições que deveriam representar segurança e moralidade.
O padre José Carlos Pereira, que também é dono de duas escolas e uma faculdade em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi sentenciado a 43 anos de prisão após ser acusado de importunação sexual por 11 mulheres que trabalhavam em suas instituições de ensino.
As acusações remontam a 2021, quando as primeiras vítimas decidiram expor os abusos cometidos pelo religioso. Elas relataram episódios recorrentes de assédio, principalmente às sextas-feiras, quando ele aproveitava momentos de interação para realizar toques impróprios. Veja reportagem da época das denúncias
Em um dos depoimentos mais marcantes, uma das vítimas revelou que começou a ser assediada ainda na adolescência, aos 12 ou 13 anos, quando trabalhava na casa paroquial.
Segundo ela, o padre, que na época ainda não havia sido ordenado, se aproveitava da proximidade para tocá-la de forma inapropriada.
Outra mulher também relatou o trauma de ter sido assediada pelo padre e como isso afetou profundamente sua vida.
A Arquidiocese de Belo Horizonte, assim que soube das denúncias, afastou José Carlos Pereira de suas funções religiosas, colaborando com as investigações.
