Jovem acusada de mandar matar o pai chorou no enterro

O caso deixou a comunidade local em choque.
Uma jovem de 19 anos foi detida após confessar participação na morte do próprio pai, um caso que vem gerando forte repercussão na Região Metropolitana do Recife, capital do estado de Pernambuco.
Amanda Chagas Botrel admitiu ter planejado a execução de Ayres Botrel, seu pai, com o objetivo de antecipar o recebimento de uma herança estimada em R$ 2 milhões. O crime ocorreu enquanto a vítima dormia em sua casa no Cabo de Santo Agostinho, onde foi atingida por disparos de arma de fogo.
Antes da confissão, a estudante chegou a participar do velório do pai e concedeu entrevista a um canal de televisão, relatando entre lágrimas que dois homens armados haviam invadido a residência e a trancado em um cômodo, enquanto ouvia os tiros.
A frieza do depoimento chamou a atenção de internautas, que rapidamente traçaram paralelos com outros casos notórios de crimes familiares no Brasil. Segundo informações da Polícia Civil de Pernambuco, as investigações começaram a tomar outro rumo após inconsistências nos relatos da jovem.
Embora ela tenha alegado que desconhecidos invadiram a casa, imagens de câmeras de segurança da rua revelaram que apenas seu veículo havia passado pelo local no período citado, sem registros de qualquer outra movimentação suspeita.
Esse dado foi essencial para desmontar a versão apresentada inicialmente por Amanda. A delegada Myrthor Freitas, responsável pelo caso, destacou que não havia histórico de conflitos entre pai e filha.
A mãe da jovem, inclusive, confirmou que Amanda sempre teve acesso a uma vida confortável e recebia atenção constante da família.
O que torna o caso ainda mais impactante é a ausência de um motivo imediato ou explícito de desavença, o que indica planejamento movido exclusivamente por interesse financeiro.
Após ser presa, Amanda passou por audiência de custódia e foi transferida para a Colônia Penal Feminina do Recife. O caso reforça a importância da atenção a sinais comportamentais, mesmo em contextos familiares aparentemente estáveis.