SC: Possível motivação para execução corretores em imobiliária vem à tona; entenda o caso

Homens foram mortos nesta última terça, dia 1 de julho
Alguns crimes não apenas chocam pela violência envolvida, mas também pelo cenário onde ocorrem e pelos motivos que os desencadeiam. Em Balneário Piçarras, no Litoral Norte de Santa Catarina, a execução de dois corretores de imóveis dentro de uma imobiliária gerou espanto e inquietação em toda a região.
A motivação, segundo as investigações, teria sido uma dívida de R$ 25 mil relacionada à compra de parte da sociedade da empresa. As vítimas, Deyvid Luiz Leitte e Thiago Adolfo, foram assassinadas a tiros na terça, dia 1 de julho, dentro do escritório do suspeito, que confessou o crime e foi preso em flagrante.
Ele alega ter agido em legítima defesa, afirmando que se sentiu ameaçado durante a conversa sobre a dívida, mas a versão não convenceu a polícia. Nenhuma arma foi encontrada com os corretores, e o comportamento do atirador antes e depois do crime levantou suspeitas de premeditação.
O acusado contou que vendeu metade da imobiliária por R$ 300 mil e que uma parcela de R$ 25 mil, supostamente devida por Deyvid, estaria em atraso. Durante a reunião para cobrar o valor, o suspeito teria se sentido intimidado e reagido com diversos disparos.
Ele fugiu do local, mas acabou sendo detido após confessar o crime a um policial militar. No carro em que foi preso, havia sangue em suas roupas e uma pistola 9mm usada no crime. Outro dado preocupante é que o sistema de câmeras da imobiliária estava desativado dias antes do homicídio.
Para a delegada Beatriz Ribas, esse detalhe, somado ao histórico de violência doméstica do acusado, pode indicar intenção premeditada. A polícia trabalha com a hipótese de homicídio qualificado por motivo fútil e já solicitou a prisão preventiva do suspeito.
O caso segue em investigação, e os materiais apreendidos — incluindo celulares e documentos — serão analisados para esclarecer toda a dinâmica do crime. Enquanto isso, a comunidade local se vê abalada por mais um episódio de violência originado por uma disputa financeira.