SC: Quem era o homem que foi morto por policial à paisana durante confusão dentro de famoso ‘bordel’
O caso chocou a comunidade local.
Thiago Kich de Melo foi identificado como a vítima fatal de um tiroteio ocorrido dentro de uma casa noturna em Florianópolis, na manhã desta última terça-feira (8). O incidente aconteceu por volta das 6h, após uma briga generalizada no estabelecimento.
De acordo com a Polícia Militar, o responsável pelos disparos foi um policial militar que estava à paisana e de folga no momento. A situação gerou grande repercussão na cidade e levantou questionamentos sobre o uso de força letal por agentes de segurança fora do serviço.
Segundo informações oficiais, o policial envolvido, que pertence ao 4º Batalhão da PM de Santa Catarina, se apresentou voluntariamente à Delegacia de Polícia Civil logo após o ocorrido e foi preso em flagrante.
Ele permanece detido nas dependências do batalhão e aguarda a audiência de custódia marcada para esta quarta-feira (9), quando a Justiça decidirá sobre a manutenção de sua prisão.
Em paralelo, a Corregedoria da Polícia Militar instaurou um inquérito para investigar a conduta do agente e apurar se houve crimes militares no episódio.
A tragédia gerou comoção entre familiares e amigos de Thiago, que utilizaram as redes sociais para lamentar a perda. Uma tia de Thiago publicou uma mensagem emotiva, demonstrando a dor da família: “Meu coração está sangrando, como pode alguém tirar o amor da nossa vida? Te amo Thiago, meu menino lindo.”
A Funerária São Pedro confirmou que o sepultamento ocorreu na manhã desta nesta quarta-feira (9), marcando o momento de despedida para aqueles que o conheciam.
Em meio às investigações, a Delegacia de Homicídios da Capital assumiu o caso e ouviu o depoimento de funcionários e testemunhas que presenciaram a briga e o desfecho trágico.
A intenção é entender melhor o que levou ao confronto e avaliar se houve abuso de poder ou legítima defesa por parte do policial. Testemunhas relataram que a briga teve início após um desentendimento no local, o que será considerado no curso das apurações.
Casos como esse evidenciam a necessidade de uma análise rigorosa sobre o comportamento de agentes de segurança pública em situações fora do serviço. O uso de armas de fogo deve ser cercado de responsabilidade e embasado em critérios claros para evitar desfechos fatais.
A comunidade e a corporação aguardam o resultado das investigações para esclarecer o ocorrido e trazer justiça à família de Thiago. Os nomes dos demais envolvidos no caso não foram revelados.